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O chanceler alemão Olaf Scholz encontra-se sob a pressão de enfrentar um voto de confiança nesta segunda-feira, 13 de novembro, o qual é amplamente esperado que ele perca. Esta possível derrota pode abrir caminho para uma eleição antecipada no início do próximo ano.

O próprio Scholz convocou este voto de confiança e, caso vença, será forçado a solicitar ao presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, a dissolução do parlamento, um processo que invariavelmente levaria à convocação de novas eleições. Segundo a legislação vigente, novas eleições devem ser realizadas dentro de 60 dias após a dissolução do parlamento.

Scholz, que é o líder do Partido Social-Democrata (SPD) de centro-esquerda, firmou um acordo com partidos da oposição para realizar uma eleição federal antecipada marcada para 23 de fevereiro.

O desmoronamento da coalizão governamental da Alemanha ocorreu no mês passado, após desacordos em relação à frágil economia do país. Essa situação levou Scholz a demitir seu ministro das Finanças, Christian Lindner, resultando em um governo minoritário ao lado do Partido Verde. Desde a derrocada do governo, a ação legislativa praticamente parou.

Inicialmente, Scholz havia anunciado que planejava realizar o voto de confiança no dia 15 de janeiro, mas rapidamente se viu sob pressão do partido de centro-direita União Democrática Cristã (CDU) para convocar a votação antes.

A popularidade do governo de Scholz vem declinando, com o chanceler se tornando um dos menos populares da história, de acordo com uma pesquisa de opinião realizada em setembro.

Se uma nova eleição for convocada, pesquisas eleitorais indicam que o conservador CDU, partido da ex-chanceler Angela Merkel, está posicionado para vencer.

O líder da oposição alemã, Friedrich Merz, discursa na câmara baixa do parlamento em 13 de novembro.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Politpro, o CDU atualmente lidera com 31% dos votos, seguido pelo partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) com 18%, o SPD de Scholz com 16% e os Verdes com 12%.

Sob a liderança de Friedrich Merz, o CDU, juntamente com seu “partido irmão” bávaro, a União Social Cristã (CSU), tem sido uma força dominante na era pós-guerra da Alemanha. A campanha de Merz tem se concentrado em medidas para impulsionar a maior economia da Europa, incluindo incentivos para o trabalho e cortes de impostos.

Para complicar ainda mais a situação, a economia da Alemanha contraíra no ano passado pela primeira vez desde o início da pandemia de Covid-19 e está projetada para encolher novamente este ano, conforme os últimos apontamentos do corpo executivo da União Europeia, a Comissão Europeia.

A AfD, por sua vez, também ganhou importante terreno este ano, sendo o primeiro partido de extrema-direita a vencer uma eleição estadual desde 1945, ocasião em que surpreendeu os partidos centristas ao conquistar quase um terço dos votos no estado oriental da Turíngia.

Para buscar um contexto histórico, a última eleição antecipada realizada na Alemanha ocorreu em 2005, convocada pelo então chanceler Gerhard Schröder, que acabou perdendo para Merkel.

A CNN conta com a contribuição dos jornalistas Anna Cooban, Sebastian Shukla, Claudio Otto e Inke Kappeler para esta reportagem.

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