A situação de Harvey Weinstein, o ex-produtor de Hollywood condenado por crimes sexuais, está gerando crescente preocupação entre seus advogados. Imran H. Ansari, defensor do magnata, declarou que seu cliente está sendo “completamente maltratado” enquanto está preso no complexo penitenciário de Rikers Island. Ansari expressa temores de que Weinstein, com 72 anos, possa não sobreviver às atuais condições de encarceramento, caracterizadas por ausência de cuidados médicos adequados e condições de vida desumanas. O advogado ressaltou que, apesar de Weinstein ter visto suas condenações de 2020 em Nova York serem anuladas em abril de 2024, ele ainda permanece preso devido a condenações por crimes sexuais em 2022 na Califórnia.
Os relatos sobre a saúde de Weinstein começaram a alarmar o público, especialmente após a divulgação de seu diagnóstico de leucemia mieloide crônica. Ansari visita regularmente seu cliente, e em uma de suas visitas mais recentes, ficou chocado ao encontrar Weinstein em condições alarmantes. “Ele estava com sangue espirrado sobre a roupa. Fiquei chocado ao ver que qualquer prisioneiro poderia ser tratado dessa forma. Ele estava completamente desleixado, e suas roupas pareciam não estar limpas”, relatou Ansari em entrevista ao The Hollywood Reporter. A situação se agrava ainda mais, pois o advogado revelou que Weinstein não recebeu roupas íntimas limpas em duas semanas, sugerindo uma seria negligência por parte do sistema penitenciário.
Além dessas alegações, Ansari descreveu Rikers Island como um “câmara de tortura ou masmorra medieval”, sustentando que condições tão degradantes não deveriam ser aceitas sob nenhuma circunstância. Recentemente, Weinstein foi levado ao hospital devido a resultados preocupantes de um exame de sangue, o que reforçou a urgência de sua situação médica. De acordo com Ansari, Weinstein deve permanecer hospitalizado até que sua condição se estabilize, e ele está preocupado que a contínua privação de cuidados médicos não apenas constitua negligência médica, mas também uma violação dos direitos constitucionais do cliente.
Bastante alarmante, Ansari enfatizou a gravidade da situação ao afirmar que “não é necessário ser médico para perceber que se um paciente com doenças terminais como câncer não recebe tratamento médico adequado, o resultado inevitável é a morte”. Sua declaração reflete a deterioração da condição de Weinstein e a crescente pressão sobre o sistema penitenciário para garantir cuidados adequados a todos os detentos, independentemente de sua situação legal.
Em uma atualização enviada ao PEOPLE, Ansari expressou esperança de que Weinstein possa, finalmente, receber a assistência médica que merece. “Ele tem sofrido com a falta de cuidados médicos adequados e suportando condições deploráveis e desumanas em Rikers Island, enquanto enfrenta uma lista extensa de problemas médicos”, afirmou. Ansari reiterou a ideia de que, sob a lei e a constituição, não importa se um indivíduo é um prisioneiro ou não—o acesso a cuidados médicos básicos e a um tratamento humano e civilizado é tanto esperado quanto mandatório.
O caso de Harvey Weinstein serve como um lembrete sombrio de como é vital garantir que todos os indivíduos, independentemente de seus crimes passados, sejam tratados com dignidade e como humanos. A luta do advogado por melhores condições de vida e tratamento médico para Weinstein ressalta um importante aspecto da ética e dos direitos humanos dentro do sistema penitenciário. Essa questão afeta não apenas Weinstein, mas também milhões de prisioneiros que enfrentam circunstâncias semelhantes em todo o país.
A sociedade precisa repensar o sistema carcerário e a abordagem em relação à saúde e ao bem-estar dos detentos. A negligência médica dentro das prisões é uma realidade que deve ser combatida, pois o tratamento digno e humano é um direito inalienável. Essa situação nos convida a refletir sobre a própria justiça e humanidade que devemos perseguir, independentemente do contexto ou da história de vida de cada um.
Se você ou alguém que você conhece foi vítima de assédio sexual, entre em contato com a Linha Direta Nacional de Assalto Sexual pelo número 1-800-656-HOPE (4673) ou acesse rainn.org para suporte.