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Demi Moore, aos 62 anos e acompanhada de seu leal chihuahua de xícara Pilaf, apresentou-se em seu lar em Beverly Hills durante uma gravação para o podcast The Hollywood Reporter intitulado Awards Chatter. Durante sua conversa, a atriz comentou sobre o estado de sua carreira e como ela se sentia “plana” após uma fase de desafios, que incluiu sentir-se frequentemente descartada pela indústria cinematográfica. Este cenário a levou a aceitar seu novo papel em The Substance, um filme dirigido por Coralie Fargeat, onde explora a luta de uma estrela de Hollywood em busca de sua juventude e beleza em uma sociedade que valoriza a aparência.

“Eu atingi aquele ponto em que estava um pouco… não quero dizer derrotada, porque eu não estava derrotada, e nem mesmo sem esperança, mas apenas estava meio que neutra”, Moore reflete em relação ao seu estado emocional antes de aceitar o papel. Em The Substance, ela oferece uma atuação marcante, interpretando Elisabeth Sparkle, cuja vida se torna um campo de batalha contra as normas de beleza e o inevitável processo de envelhecimento. O filme, que traz elementos de horror corporal, apresenta uma nova perspectiva sobre os desafios do envelhecimento que todos enfrentamos, independentes de gênero.

Moore compartilha que apesar de ter atuado em algumas das produções mais icônicas nas décadas de 80 e 90, incluindo Ghost, St. Elmo’s Fire e G.I. Jane, sua recente performance em The Substance pode levá-la a ser reconhecida como uma grande atriz, além de uma simples estrela de cinema. “Em 40 anos de carreira, o que falta explorar em mim como atriz está se revelando com este papel, e espero que isso ressoe com o público”, afirmou. O filme pode proporcionar a Moore sua primeira nominação ao Oscar, evidenciando seu crescente reconhecimento como uma profissional talentosa e respeitada na indústria.

Ela salientou a importância de como os desafios que enfrentamos, como indivíduos e como sociedade, são tratados no filme. “A maneira em que discutimos o envelhecimento e os padrões de beleza muitas vezes pode ser violenta, não somente externamente, mas também internamente. Esse filme explora como todos nós, homens e mulheres, podemos criticar e desmembrar nossas próprias reflexões”, enfatiza a atriz, conectando o público a uma experiência profundamente humana.

Moore reconhece que seu caminho em Hollywood foi cheio de altos e baixos. Após se tornar a primeira atriz a receber $12,5 milhões por um filme e encontrar um enorme sucesso comercial, enfrentou críticas severas em sua carreira. “Todo mundo que é o primeiro acaba sendo alvo de críticas. É quase esperado”, reflete. Ela menciona que o falecimento de sua mãe, o divórcio de Bruce Willis e o tempo longe da indústria para focar em seus filhos afetaram sua percepção sobre onde se encaixava na indústria cinematográfica.

Agora, com sua experiência acumulada e novos bens emocionais, ela se mostra esperançosa quanto ao futuro e seu papel ao representar uma nova narrativa sobre mulheres envelhecendo em Hollywood. “Quando nos concentramos apenas no que não temos, não conseguimos ver tudo que somos e tudo que já conquistamos”, disse, conclamando a todos a olharem para si mesmos de uma perspectiva mais positiva.

Em suma, Demi Moore vive um momento de renovação e descoberta, tanto pessoal como profissionalmente, com The Substance como um catalisador de sua transformação. O filme não só chama atenção para a pressão social pelo envelhecimento, mas também para a força necessária para aceitá-lo com graça e dignidade. A atriz, que já foi um ícone de beleza, agora se apresenta como um exemplo de como o crescimento e a realização podem vir de reflexões sobre nossas inseguranças. O trabalho de Moore neste projeto é um testemunho de sua resiliência e compromisso com a arte de atuar.

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