Em um mundo onde o cinema frequentemente nos surpreende com suas exigências e desafios inusitados, Emma Corrin se destacou ao compartilhar uma experiência bastante peculiar e, certamente, desconfortável durante as filmagens do aguardado filme de terror Nosferatu. Escrito e dirigido pelo aclamado Robert Eggers, a produção tem gerado grande expectativa entre os fãs do gênero, especialmente com um elenco de estrelas que inclui Lily-Rose Depp, Aaron Taylor-Johnson, Nicholas Hoult e Bill Skarsgård. No entanto, para Corrin, a atuação representou algo além da simples interpretação de um papel, envolvendo uma interação muito íntima com um número significativo de roedores.
Em uma entrevista concedida à Deadline, a atriz de 28 anos, que utiliza os pronomes eles/deles, revelou detalhes dessa experiência digna de filme de terror. Enquanto interpretava uma cena crucial, Corrin se viu cercada por mais de 30 ratos que invadiram seu espaço pessoal de forma bastante invasiva. “Trinta deles estavam no meu peito nu”, Corrin recordou, e prosseguiu, “Sinceramente, eu estava sendo muito corajoso sobre isso. Estava realmente muito estoico, sendo bem britânico a respeito. E então estávamos na cena, e eu não estava usando parte de cima, e foi simplesmente horrível.” Essa descrição vívida evoca não apenas a coragem da atriz, mas também o grande sacrifício que muitos atores fazem para trazer autenticidade às suas performances.
Os desafios não pararam por aí. Corrin revelou que a experiência não era apenas desconfortável, mas também extremamente sensorial. “O cheiro é algo que você não pode imaginar”, afirmou, acrescentando que a incontinência dos ratos foi uma surpresa desagradável. “Foi grim,” eles completaram. Além do aspecto físico, a presença dos roedores afetou o desempenho da atriz, tornando a cena ainda mais desafiadora e autêntica. “Eles adoravam meu cabelo, então ficavam indo e sentando na peruca e se aproximando do meu rosto. Você assiste ao programa ‘I’m a Celebrity… Get Me Out of Here!?’. Sabe quando eles precisam colocar a mão na caixa com as tarântulas? Foi um pouco assim, não vou mentir.”
A escolha de usar ratos vivos nos sets de filmagem não foi meramente uma decisão estética, mas uma estratégia pensada para trazer realismo à trama. Robert Eggers garantiu que, apesar dos desafios, o uso de ratos foi planejado para garantir a segurança tanto dos animais quanto dos atores. Em suas palavras, “a coisa grande que torna tudo difícil é que tivemos que contê-los para sua segurança com um plexiglass que você não vê na câmera. E então, ratos no fundo tornam-se CG.” A tensão entre as cenas e a natureza do trabalho envolveu não apenas a presença física dos ratos, mas também uma abordagem cuidadosa em relação ao animal.
O filme promete ser uma experiência cinematográfica única, com Eggers revelando que cerca de 5.000 ratos vivos foram utilizados ao longo das filmagens. A relação entre o elenco e os animais não se limitou apenas a Corrin; Aaron Taylor-Johnson, o marido da personagem deles no filme, fez um conselho inusitado para sua esposa, a diretora Sam Taylor-Johnson. Ele alertou que ela devia evitar assistir ao filme, uma vez que ele sabe que, com sua fobia de ratos e o conteúdo aterrorizante da produção, isso poderia resultar em noites insone para a maioria do público. Sua preocupação foi clara: “Eu disse a Sam: ‘Desculpe, você não pode ver esse filme.’ Ela disse: ‘Bem, eu realmente quero vê-lo, mas é realmente tão aterrorizante assim?’ Eu respondi: ‘Bem, escute, você tem uma fobia de ratos. Isso é uma coisa. Você simplesmente não quer ver isso. E, em segundo lugar, é aterrorizante.'”
A estreia de Nosferatu está marcada para o dia 25 de dezembro, e já está sendo amplamente divulgada como uma das produções mais intrigantes do ano. Com um enredo repleto de suspense e um elenco que promete arrancar suspiros e gritos do público, a expectativa em torno do filme é palpável. Se a bravura de Emma Corrin e a presença assombrosa dos ratos forem indicativas da qualidade da obra, o público certamente encontrará mais do que entretenimento, mas uma verdadeira experiência cinematográfica.
Nosso desejo é que as luzes do cinema estejam acesas e que todos estejam prontos para o que promete ser um desafio emocional e sensorial. Prepare-se para Nosferatu, um filme que tem tudo para reescrever os padrões do terror moderno.
