O intrigante documentário da Netflix, intitulado “Não Morra: O Homem Que Quer Viver Para Sempre”, apresenta o ousado plano do empreendedor tecnológico Bryan Johnson, de 47 anos, que tenta desafiar os limites da biologia e da medicina em busca da imortalidade. Este filme, que estreia no dia 1º de janeiro, leva os espectadores a um mergulho profundo nos métodos extremos que Johnson adota em sua empreitada para prolongar a vida, incluindo transfusões de plasma, transferências de gordura e a impressionante ingestão de 54 comprimidos por dia. Tal abordagem não apenas provoca questionamentos sobre a ética e a viabilidade dessas ações, mas também instiga um debate maior sobre o desejo humano de transcender a morte.
Em uma prévia exclusiva do documentário, acompanhamos Johnson enquanto ele compartilha suas experiências e raciocínios por trás de suas estratégias de prolongamento da vida. “Estou tentando estar na maior ponta possível da ciência”, afirma Johnson em uma narração que acompanha sua primeira terapia gênica, um dos muitos tratamentos inovadores que, segundo ele, custaram milhões de dólares e fazem parte de seu protocolo anti-envelhecimento. Essa busca incessante pela juventude eterna, no entanto, é impulsionada por uma motivação profundamente pessoal: o amor por seu filho, Talmage. “Quero realmente ter múltiplas vidas com meu filho. Cem anos não são o suficiente”, diz Johnson, revelando o elo emocional que fundamenta sua busca pela imortalidade.
O documentário também revela uma prática inusitada em que Bryan Johnson, seu pai e seu filho participam do primeiro intercâmbio de plasma multigeracional. Neste processo, Talmage doa seu plasma para seu pai, e em troca, Bryan Johnson doa seu plasma para seu próprio pai. Essa troca de plasma gera uma nova camada de complexidade em sua busca por longevidade, sugerindo que a relação intergeracional pode desempenhar um papel fundamental na saúde e na manutenção da vitalidade. É interessante notar que esses experimentos em saúde estão alinhados com uma série de avanços científicos que propõem que a transferência de células-tronco e plasma entre gerações pode levar a uma rejuvenescimento celular.
O documentário não deixa de provocar reações mistas. Enquanto alguns espectadores expressam preocupação sobre os efeitos de seus tratamentos experimentais, outros estão intrigados pelas limitações que o corpo humano pode superar. Uma declaração irônica no trailer reflete essa ambivalência: “Acho que o reto dele viralizou”, diz uma pessoa, enquanto um colega observa: “Estou preocupado com ele. Realmente não sabemos como o corpo dele vai reagir a todos esses tratamentos experimentais.” Estas reações são um testemunho do que muitos sentem em relação à busca desmedida pela vida eterna e à fragilidade da condição humana diante de tais esforços.
Johnson encerra sua narrativa de forma provocativa, dizendo: “Como espécie, aceitamos nossa decadência, declínio e morte inevitáveis. Eu quero argumentar que o oposto é verdadeiro.” Sua busca pela imortalidade não é apenas uma jornada pessoal, mas um convite à reflexão sobre as implicações filosóficas e éticas associadas ao desejo de vida eterna, questionando até que ponto os humanos estão dispostos a ir para superar os limites da biologia e da mortalidade.
Com a estreia programada para o próximo ano, “Não Morra: O Homem Que Quer Viver Para Sempre” certamente fomentará discussões acaloradas sobre os avanços científicos e a eterna luta contra o envelhecimento, desafiando a narrativa estabelecida sobre a mortalidade e o que significa viver plenamente. Quem sabe, ao final dessa jornada, poderemos aprender mais sobre a natureza da vida e, talvez, do que realmente significa viver.
Informações mais detalhadas sobre a vida e as aspirações de Bryan Johnson podem ser encontradas [aqui](https://www.netflix.com/). É impossível não se perguntar, à medida que nos preparamos para assistir a esta narrativa, se estamos dispostos a explorar os limites da ciência em busca de algo que muitos acreditam ser inatingível: a eternidade.