A Governadora de Nova Iorque, Kathy Hochul, anunciou na quinta-feira uma medida que certamente chamará a atenção de muitos: a proibição temporária de voos sobre áreas de infraestrutura crítica no estado. Esta decisão surge em meio a um aumento preocupante de relatos de avistamentos de drones, que têm gerado uma onda de incertezas e questionamentos sobre a segurança nas regiões afetadas. Assim, o governo estadual está se movendo rapidamente para assegurar a proteção do espaço aéreo ao redor de instalações vitais.

O anúncio de Hochul acontece após a Administração Federal de Aviação (FAA) ter imposto restrições de voo sobre partes específicas de Nova Jersey, demonstrando uma crescente preocupação com o uso cada vez mais frequente de drones em áreas sensíveis. Embora a governadora tenha classificado essa decisão como “puramente cautelosa”, detalhes sobre quais locais exatos seriam afetados por essas restrições ainda permanecem vagos. Não foi especificado o alcance exato das proibições, nem a duração que essas novas medidas deverão manter-se em vigor.

Em consonância com as restrições impostas em Nova Iorque, a FAA estipulou normas especificamente voltadas para a limitação do uso de drones sobre usinas elétricas e outras infraestruturas em Nova Jersey. Essas proibições se aplicam a altitudes não superiores a 400 pés, destacando-se pela sua especificidade em direcionar-se apenas a drones, enquanto aeronaves civis ou helicópteros estão isentos dessas restrições.

“A pedido de nossos parceiros federais de segurança, a FAA publicou 22 Restrições Temporárias de Voo (TFRs) que proíbem voos de drones sobre infraestrutura crítica em Nova Jersey”, esclareceu a agência em um comunicado. Este movimento foi amplamente interpretado como um testemunho da crescente intensidade com que as autoridades estão abordando a questão da segurança aérea em face dos avistamentos de drones, que se tornaram um fenômeno inquietante na região.

Ambos os anúncios surgem em um contexto em que oficiais públicos reiteraram que, até o momento, não há evidências que sugiram uma ameaça à segurança pública ou nacional em decorrência do aumento de avistamentos de drones no Nordeste dos Estados Unidos. Contudo, a inquietação provocada pela presença inexplicada destes dispositivos aéreos já levou à implementação de medidas de precaução.

Entre as instalações críticas sujeitas a restrições de voo estão as estações de comutação Cedar Grove, Athenia, Hudson, PSE&G Kearny e Bayonne. A nova leva de restrições de espaço aéreo representa a maior série de ações desde que a confusão em torno de drones se intensificou cerca de um mês atrás, e permanecerá em vigor até 17 de janeiro. É importante observar que algumas proibições de voos sobre o campo de golfe do presidente eleito Donald Trump em Bedminster e Picatinny Arsenal, um centro de pesquisa militar dos EUA, estão em vigor desde 26 de novembro.

“As medidas estão sendo tomadas em colaboração com a FAA e nossos parceiros de infraestrutura crítica que solicitaram restrições temporárias de voo sobre suas instalações, tudo isso em virtude de um excesso de cautela,” afirmou o Departamento de Segurança Interna em um comunicado. É fundamental ressaltar que as novas restrições em Nova Jersey se aplicam exclusivamente a drones que voam a baixa altitude, excluindo outras aeronaves que possam operar a altitudes superiores.

Antes de encerrar, é necessário considerar o impacto que esse tipo de regulamentação pode ter sobre a inovação e o desenvolvimento de novas tecnologias no campo da aviação, especialmente considerando que o uso de drones tem se tornado cada vez mais abrangente em diversas áreas, desde a entrega de mercadorias até a monitoramento de setores agrícolas. O futuro da aviação civil deverá encontrar um equilíbrio entre segurança e inovação, e a forma como estes novos regulamentos serão implementados certamente se tornará um ponto de discussão relevante para autoridades e cidadãos.

Reportagem de CNN, contribuída por Taso Stefanidis

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