O universo do teatro musical acaba de receber uma nova estrela cujo talento brilha intensamente. Helen J. Shen, a atriz de apenas 24 anos que utiliza os pronomes ela/eles, conquistou o papel que sempre desejou ao estrear em Maybe Happy Ending, uma nova produção que já está fazendo ondas no cenário da Broadway. Desde o dia 16 de novembro, no prestigioso Belasco Theatre, em Nova York, Shen brilha ao lado do conhecido ator Darren Criss, que se destacou inicialmente na série musical Glee, e agora, juntos, trazem à vida uma história singular sobre um futuro repleto de tecnologia e emoções inesperadas.

A expectativa e o impacto do papel: uma conquista pessoal e artística

Ao conquistar o papel de Claire na nova produção escrita por Hue Park e Will Aronson, Helen J. Shen não só fez sua estreia na Broadway, mas também trouxe um significado especial para essa realização. Em uma entrevista exclusiva ao portal PEOPLE, ela não escondeu a emoção, afirmando que “qualquer estreia na Broadway é uma celebração, uma conquista monumental que demanda trabalho e perseverança”. Ela acrescentou ainda: “Ter a oportunidade de estrear neste espetáculo, rodeada por pessoas tão talentosas e contando uma história tão única, é um sonho que eu mal poderia ter imaginado. É tudo perfeito”. O cenário da Broadway tem visto, nos últimos anos, uma predominância de produções baseadas em obras já conhecidas, o que torna ainda mais notável a estreia de um musical com uma trilha sonora original.

Helen J. Shen at Maybe Happy Ending gala celebration in New York City.

A produção, dirigida por Michael Arden, narra a relação incomum entre dois robôs aposentados em um futuro distante, explorando temas como a busca pela conexão e a reflexão sobre a humanidade. A atriz, que já tinha uma experiência rica em palcos menores, participou de montagens off-Broadway, como The Lonely Few e Teeth, e descreve essa nova etapa de sua carreira como um verdadeiro “sonho realizado”. Adicionalmente, ela destaca a liberdade criativa que a equipe lhe proporcionou, permitindo que ela absorvesse experiências e conselhos valiosos de profissionais que trabalharam neste projeto por mais de uma década, já que o musical teve sua estreia mundial em Seul, na Coreia do Sul, em 2016.

Construindo conexões autênticas e uma química inegável em cena

Helen teve a felicidade de ser escolhida para interpretar Claire em um tempo recorde. Após apenas uma semana de audições e testes, a ligação que anunciou seu papel chegou como uma grata surpresa. “Normalmente, passar por chamadas e sessões pode durar meses. Eu enviei minha fita de audição e logo recebi um convite para fazer uma leitura química com o Darren [Criss]; no dia seguinte, fui informada de que havia conseguido o papel”, detalha Shen, refletindo sobre a rapidez do processo. Foi um convite que mudou sua vida e, por consequência, a vida do público que assiste as performances.

Helen J. Shen and Darren Criss in Maybe Happy Ending.

O desempenho de Shen em cena é complementado pela presença carismática de Criss, criando uma química palpável entre os personagens. Ambos, formados pela Universidade de Michigan, têm um gosto mútuo pela música, o que se traduz em interações autênticas durante os ensaios. Sobre suas semelhanças, Shen se diverte ao dizer que “enquanto Darren é como um golden retriever, eu sou mais como um gato preto; suas personalidades contrastantes tornam a dinâmica em cena muito divertida”. Apesar das diferenças entre os personagens, essa sinergia resulta em performances marcantes que cativam o público.

Reflexões sobre representatividade e a construção de novos clássicos

Além de sua alegria pessoal, Helen compartilha uma profunda preocupação com a representatividade no teatro. A presença de mais rostos asiáticos ao seu redor, tanto no palco quanto nos bastidores, é uma experiência valiosa para ela. “É gratificante ver que mais espectadores estão se reconhecendo em mim e em minha história”. A atriz refletiu sobre sua própria experiência e como figuras como a primeira versão asiática de Billy Elliot a inspiraram em sua infância. “Eu era apenas uma criança quando fui assistir Billy Elliot, e aquela experiência mudou minha perspectiva completamente. Agora, sei que minha história também pode inspirar outros”, acrescentou ela.

Darren Criss and Helen J. Shen at Maybe Happy Ending gala celebration in New York City.

As expectativas para o futuro do musical Maybe Happy Ending são grandes, e as reservas para o espetáculo já estão abertas até setembro de 2025. Helen expressa sua esperança de que a produção permaneça em cartaz por muito tempo, permitindo que novas audiências tenham a chance de experimentar uma obra que promove uma narrativa rica e diversificada, digna de se tornar um clássico no canon do teatro musical. A história, mesmo sendo ostentosa em sua produção atual, pode ser realizada em palcos menores, mostrando que a essência da trama sobre conexões humanas é acessível a todos. “Espero que essa história possa ser encenada em escolas e que as pessoas reconheçam seu valor, formando novas gerações de espectadores e artistas”, conclui Shen com um brilho nos olhos.

Se você deseja acompanhar a trajetória de Helen J. Shen e a evolução de Maybe Happy Ending, não perca a oportunidade de garantir seus ingressos. A Broadway está a chamando, e a nova era de histórias ricas e diversificadas está apenas começando.

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