Na manhã do dia 19 de novembro de 2000, três caçadores em Manorville, Nova York, fizeram uma descoberta macabra enquanto exploravam uma área arborizada. Eles encontraram um saco plástico preto envolto em fita adesiva. O que se escondia dentro desse saco não era apenas um objeto inanimado, mas sim os restos mortais parciais de uma mulher, cujas mãos haviam sido severamente mutiladas e sua perna direita amputada na metade da panturrilha. O corpo estava amarrado com cordas e apresentava sinais de um ato violento e brutal que horrorizaria qualquer pessoa. Contudo, o mais cruel dessa situação era que a identidade da mulher permaneceu um mistério por mais de dez anos.
Foi somente em 4 de abril de 2011 que as autoridades de Long Island, que estavam investigando os assassinatos de várias acompanhantes de luxo como Melissa Barthelemy, Amber Costello, Maureen Brainard-Barnes e Megan Waterman ao longo da Ocean Parkway, identificaram uma nova conexão com aquela descoberta antiga. Durante a busca na região, encontraram o crânio e o pé direito da mesma mulher anteriormente não identificada, que mais tarde viria a ser reconhecida como Valerie Mack, uma jovem de apenas 24 anos.
No dia 17 de dezembro, Mack foi oficialmente vinculada ao suspeito Rex Heuermann, o arquiteto que se tornou o principal acusado do chamado assassino em série de Gilgo Beach. O promotor do condado de Suffolk, Ray Tierney, anunciou que Heuermann foi indiciado pelo assassinato de Mack, que já estava em lista de vítimas de um assassino que aterrorizou a região. Além de Mack, ele está acusado de outros assassinatos, incluindo os de Barthelemy, Costello, Brainard-Barnes e Waterman, cujos corpos foram encontrados ao longo da costa de Gilgo Beach, além de Sandra Costilla e Jessica Taylor, que tiveram seus restos descobertos em outras áreas de Long Island.
Valerie Mack, que usava o nome falso de Melissa Taylor, havia sido presa diversas vezes por prostituição entre 1996 e 2000 na área da Filadélfia e também atuou em Atlantic City. O histórico da jovem revela que ela foi acometida por adversidades desde a infância, sendo deslocada por vários lares adotivos após dar à luz a um filho aos 17 anos. Infelizmente, as circunstâncias de sua vida culminaram em seu assassinato, que, segundo as autoridades, ocorreu entre 1º de setembro e 19 de novembro de 2000.
As investigações revelaram detalhes perturbadores sobre Rex Heuermann, e a acusação de que ele pesquisou imagens pornográficas, incluindo mutilação de seios e uso de cordas, que coincide com os ferimentos infligidos a Mack, trouxe à tona a conexão entre o suspeito e suas vítimas. Segundo as informações contidas na denúncia contra ele, o endereço de IP de Heuermann foi usado para acessar um site que forneceu atualizações sobre os assassinatos, incluindo informações sobre a “Jane Doe de Manorville”, que seria identificada como Valerie Mack apenas cinco dias depois.
Além disso, as autoridades notaram semelhanças gritantes entre os sacos utilizados nos assassinatos de Mack e de outra vítima, Taylor, e também identificaram similaridades nos instrumentos empregados para desmembrar os corpos, indicando um padrão de ação do killer. Taylor foi encontrada de forma alarmante em julho de 2003, deitada de costas em uma área arborizada, com ferimentos que apontam para um padrão definido de brutalidade por parte do assassino, que utilizava métodos cruéis para ocultar as identidades de suas vítimas.
A horripilante verdade é que, segundo as investigações, Heuermann amputou a perna de Valerie Mack na altura da panturrilha como uma estratégia para evitar sua identificação. Uma nova reviravolta nos acontecimentos ocorreu quando uma amostra de cabelo da filha de Heuermann, Victoria, que teria entre três e quatro anos na época do assassinato, foi encontrada dentro do saco de lixo onde os restos de Mack estavam. Essa descoberta levantou questões ainda mais graves sobre a conexão direta entre o suspeito e suas vítimas, aumentando a pressão sobre o caso que deixou o público e as autoridades horrorizados ao longo de duas décadas.
O mistério persiste, e a luta por justiça continua para Valerie Mack e todas as outras vítimas. Os desdobramentos desse caso se mantêm no centro das atenções da mídia e do público, refletindo não apenas a brutalidade dos assassinatos, mas também a luta de familiares e amigos que buscam respostas e justiça. O caso, que ressoou ao redor do mundo, traz à tona questões importantes sobre segurança, violência de gênero e a necessidade de medidas efetivas em casos de desaparecimento e homicídio. Como um lembrete cruel da fragilidade da vida, a busca por clareza e justiça vai além das motivações individuais e abrange um clamor coletivo por um sistema que garanta a proteção de todos.
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