No último sábado à noite, um voo da Air Canada Express, operado pela PAL Airlines, foi forçado a realizar uma evacuação após um incidente alarmante durante o pouso no Aeroporto Internacional de Halifax Stanfield. A equipe da Transport Safety Board of Canada passou a investigar as circunstâncias que cercaram este evento que, segundo relatos, envolveu uma aterrissagem turbulenta que deixou os passageiros em estado de pânico.
A viajante Nikki Valentine, que estava a bordo do avião, descreveu a experiência como extremamente assustadora. Em suas declarações, ela relatou que, logo após a aeronave tocar o solo, houve um “trovão massivo” que fez com que a cabine se inclinasse, e logo em seguida foram observadas faíscas e chamas. “Naquele momento, o medo tomou conta de todos nós”, afirmou ela. Com o início da fumaça a adentrar a cabine, Valentine e os demais passageiros foram orientados a evacuar rapidamente.
De acordo com informações fornecidas pela porta-voz do aeroporto, Tiffany Chase, o incidente ocorreu por volta das 21h30, quando a aeronave, que partiu de St. John’s, em Newfoundland, apresentou um problema crítico com o trem de pouso. O porta-voz da Air Canada, Peter Fitzpatrick, confirmou que o avião, um modelo Bombardier Q400, teve uma “suspeita de falha no trem de pouso“, dificultando o deslocamento até o terminal.
Graças à rápida ação da equipe de voo, todos os 73 passageiros e a tripulação foram retirados do avião com segurança utilizando ônibus. Fitzpatrick assegurou que, felizmente, ninguém a bordo se feriu durante o incidente. Nikki Valentine expressou sua gratidão pela habilidade e eficácia do piloto ao lidar com a situação. “Sou especialmente grata por ele ter conseguido controlar a situação tão rapidamente, dado o caos que se desenrolou”, destacou a passageira.
O incidente, que causou uma interrupção temporária nas atividades de voo no aeroporto, resultou em imprevistos para muitos passageiros. No domingo à tarde, Valentine e outros viajantes ainda estavam sem suas bagagens, que foram deixadas por ordem da equipe de segurança. Em contato com a Air Canada, foi informado a Valentine que poderia levar até três dias até que suas malas fossem recuperadas, enquanto a investigação sobre o problema persistia. “Muitas pessoas tinham coisas essenciais, como chaves de casa ou carteiras, que não puderam levar consigo”, lamentou ela.
A passageira reconheceu a importância dos protocolos de segurança, embora tenha destacado o desconforto gerado pela situação. “É tudo parte do procedimento adequado, e eu prefiro passar pelo inconveniente de não ter minhas malas do que se algo ruim tivesse acontecido. Porém, é uma situação difícil”, concluiu Valentine.
Com um panorama de passageiros em alerta e preocupações sobre a segurança aérea, este incidente destaca a relevância da manutenção adequada das aeronaves e da preparação eficaz para situações de emergência. A investigação da Transport Safety Board of Canada deverá fornecer mais informações sobre como evitar tais ocorrências no futuro e assegurar que incidentes como este sejam tratados com a seriedade que merecem.
O contexto atual da aviação civil no Canadá exige atenção contínua, visto que, segundo o último relatório da Transporte Canada, houve cerca de 236 incidentes para cada 100.000 voos em 2022, um número que continua a ser uma preocupação para os órgãos reguladores. A segurança no transporte aéreo deve ser uma prioridade para empresas, autoridades e passageiros.