Jennifer Grey, conhecida por seu icônico papel em Dirty Dancing, compartilhou lembranças bem-humoradas e surpreendentes sobre suas experiências de atuação com Patrick Swayze durante as filmagens de Red Dawn, um filme lançado em 1984 que tornou-se uma referência cult ao longo dos anos. O que poderia ter sido uma cena romântica se transformou em um episódio marcante, com Swayze em um estado inesperado e Grey contando com uma influência ligeiramente “de outro mundo”.
No episódio do podcast The Hollywood Reporter’s Awards Chatter exibido em 20 de dezembro, Grey, agora com 64 anos, recordou a filmagem de uma cena que, segundo a atriz, foi cortada do filme. A cena deveria ser um momento íntimo entre seus personagens, mas foi prejudicada pelas condições de Swayze e pelo estado em que Grey se encontrava na época. “Estávamos dentro de um saco de dormir, e ele estava nervoso ou algo assim, e entrou no saco de dormir bêbado”, revelou Grey, rindo da situação. Esta lembrança não apenas destaca a química entre os protagonistas, mas também as peculiaridades do ambiente de filmagem que frequentemente se transforma em um espetáculo tanto nos bastidores quanto na tela.
Na narrativa de Grey, Red Dawn não era apenas mais um projeto, mas uma oportunidade de experimentar emoções e sensações diferentes em sua carreira de atriz. “Como atriz, você está analisando todo o seu material no roteiro e pensa: ok. Estou correndo, estou atirando, estou correndo, estou jogando granadas. Estou me matando com uma granada. Mas esta era a única cena de atuação que eu tinha onde não estava fazendo ações”, explicou Grey sobre a cena que desejava realizar com Swayze, ressaltando que era uma das cenas mais suaves e emocionais que esperava poder executar durante as filmagens.
Contudo, o que parecia ser uma oportunidade promissora foi atrapalhado por algumas dificuldades. Grey lembrou que, na verdade, Swayze não conhecia suas falas e, apesar de prometer voltar e filmar a cena novamente, isso não aconteceu. Essas peculiaridades nos bastidores das filmagens revelam o lado humano do cinema, que muitas vezes é esquecido em meio aos holofotes. “Meus colegas de cena costumavam colocar fogos de artifício na minha porta… para me trollar”, disse Grey, lembrando dos momentos inusitados que ocorreram nos sets.
Adicionando um toque mais pessoal à narrativa, Grey também confessou que estava em um estado mental um tanto alterado, admitindo que “eu estava fumando muita erva naquela época”. Ela confessou que estava super paranoica e que não conseguiu dormir a noite toda antes da filmagem de sua tão aguardada cena. Assim, quando chegou a hora de filmar o momento romântico, a frustração tomou conta dela. “Eu estava tão irritada porque eu estava, você sabe, toda cheia de moral.”
Jennifer Grey também ressaltou em entrevistas anteriores que antes de atuarem juntos no icônico Dirty Dancing de 1987, Swayze se desculpou pelos trotes que fizera durante seus testes de elenco. “Ele me puxou pelo corredor e disse: ‘Eu amo você, eu amo você e sinto muito. E eu sei que você não quer que eu faça o filme’”, relembrou Grey. Este gesto de Swayze não só exemplifica seu lado humano e vulnerável, mas também enfatiza a complexidade da dinâmica entre os dois ao longo de suas colaborações cinematográficas.
Ao lembrar desses momentos, Grey destaca a evolução de sua própria carreira, refletindo sobre o quanto ela era uma atriz jovem e ingênua, desejando realmente fazer um bom trabalho. Essa sinceridade não apenas provoca risos, mas também cria uma conexão com o público que se lembra de Grey e Swayze como um dos duos mais icônicos do cinema. “Nós poderíamos fazer isso acontecer — nós poderíamos arrebentar se fizéssemos isso”, foram algumas das últimas palavras de Swayze, que ecoam no coração de quem admira a arte da atuação e a magia que surge atrás das câmeras.
Portanto, a lembrança de Grey é muito mais do que uma simples anedota; ela é um convite para que reflitamos sobre os altos e baixos da produção cinematográfica, o papel das emoções humanas e a importância das interações pessoais no mundo da arte e do entretenimento.