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Esta história contém spoilers significativos de The Brutalist.
Joe Alwyn leu o roteiro da épica produção The Brutalist, dirigida por Brady Corbet, há cinco anos.
Em um encontro casual em Nova Iorque, Alwyn expressou sua admiração pelo diretor e pela profundidade do roteiro: “Eu era um grande fã de Brady, e o roteiro tinha uma construção tão rigorosa, detalhada e clássica”, comentou com o The Hollywood Reporter.
Embora tenha atraído seu interesse imediato, a obra levou alguns anos para chegar às telonas. “Bom para [Brady] por insistir com unhas e dentes para que isso acontecesse,” Alwyn disse, expressando seu entusiasmo pelo projeto que se tornou um marco cultural.
The Brutalist estabeleceu um novo patamar nesta temporada de premiações, com sete indicações ao Globo de Ouro e muito burburinho ao redor do Oscar. Os críticos têm elogiado o trabalho de Corbet, considerando-o uma obra-prima do cinema. O feito é impressionante, principalmente considerando que o filme foi realizado com um orçamento de menos de US$ 10 milhões, o que é um feito notável na indústria cinematográfica atual.
A trama do filme gira em torno do arquiteto húngaro-judeu fictício László Tóth, interpretado por Adrien Brody, que foge da Europa pós-Segunda Guerra Mundial em busca de um novo futuro na América. O personagem se relaciona com o poderoso empresário Harrison Lee Van Buren (Guy Pearce) e seus filhos, sendo Alwyn o filho que busca desesperadamente a aprovação do pai.
O filme examina temas de poder e identidade em um contexto de imigração e individualismo. Alwyn descreve seu personagem, Harry, como um homem cercado por opulência, mas que carece do essencial: amor e reconhecimento. Isso contribui para um enredo onde relações familiares são testadas e laços são deixados à prova. A trama culmina com uma conclusão ambígua, que deixou muitos espectadores intrigados e até confusos, levando Alwyn a explorar mais sobre essa complexidade.
Discutindo o final enigmático, Alwyn sugere que há uma crítica sutil inserida na narrativa. “É como a dinâmica que vemos nas famílias ricas americanas, por exemplo, os Trumps”, disse ele. “Essa invencibilidade parece fazer parte da cultura, onde a proteção do dinheiro e dos advogados prevalece sobre a moralidade.” Ele aponta que a opacidade do desfecho do filme permite diferentes interpretações, mantendo a conversa em aberto sobre temas de culpa e responsabilidade.
“As consequências dos atos de Harry são, até certo ponto, ignoradas. Há um subtexto que levanta a questão dos privilégios que alguns têm para escapar impunes”, enfatiza Alwyn, refletindo sobre como tal estrutura social se repete na sociedade contemporânea.
Ao encerrar sua reflexão, Alwyn reafirma que The Brutalist serve de lembrete de que o conteúdo robusto e a narrativa significativa são muitas vezes ofuscados por projetos que seguem fórmulas de sucesso mais tradicionais. “Se você conta uma história com intenção e imaginação, ela pode realmente funcionar. Não precisa ser um blockbuster de cem milhões. O relevante é a experiência que você proporciona ao seu público”, conclui o ator, elogiando a direção de Corbet e o trabalho colaborativo no filme.
The Brutalist já está disponível nos cinemas dos Estados Unidos diante das expectativas de uma temporada de prêmios que muitos, incluindo Alwyn, aguardam ansiosamente.
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