O renomado ator sul-africano John Kani, aos 81 anos, é a personificação da sabedoria e da experiência em Hollywood. Desde que participou do aclamado filme Pantera Negra, sua relação com o colega de elenco Chadwick Boseman se tornou uma história comovente de amizade e amor fraternal. Durante a estreia de Mufasa: O Rei Leão, realizada no último dia 9 de dezembro em Los Angeles, Kani compartilhou lembranças preciosas da sua colaboração com Boseman e a dor que sentiu após sua morte.

No papel de T’Chaka, pai de T’Challa (interpretado por Boseman) em Pantera Negra, Kani estabeleceu uma conexão profunda com o falecido ator, a ponto de se referirem um ao outro como pai e filho, mesmo fora das câmaras. Ele revelou: “Aqui está esse garoto. Ele é incrível. Estou com meu filho, Atandwa. Ambos eram como meus filhos, eles me chamavam de ‘papai’ o tempo todo.” Essa relação foi tão intensa que, após a morte de Boseman em 2020, Kani foi inundado por mensagens de pesar de pessoas que erroneamente acreditavam que havia perdido seu filho biológico.

Em uma reflexão emocional sobre o impacto da perda, Kani expressou: “Quando Chadwick faleceu, recebi mil mensagens de condolências. No começo, eu tentei explicar: ‘Não, ele não é meu filho, ele é meu filho no filme…’ [mas] agora eu aceitei que ele era meu filho. Um verdadeiro profissional incrivelmente talentoso.” Essas palavras fornecem uma visão íntima da dor que o ator sentiu. Além disso, ele elogiou o ímpeto e a ética de trabalho de Boseman, que sempre se esforçou para garantir a excelência em suas performances. “Ele queria ter certeza. Em Chad, tínhamos um senso de tempo”, declarou Kani. “Ele trabalhava com um cronograma que apenas ele conhecia, e entendia que não tínhamos tempo suficiente. Ele queria um dia de 25 horas para poder expressar tudo que precisava.” A admiração de Kani por Boseman é palpável, revelando um homem comprometido, não apenas com a arte, mas também com seus colegas.

Além disso, a importância do trabalho de Boseman na indústria do entretenimento permanece viva através das homenagens que vêm sendo feitas. Em uma publicação emocionante no Instagram, a amiga e atriz Lupita Nyong’o lembrou o que teria sido o 48º aniversário de Boseman, que ocorreu no dia 29 de novembro. “Aqueles que você amou profundamente e que morreram vivem em você, não apenas como memórias, mas como presenças reais”, escreveu Nyong’o, numa citação do teólogo Henri Nouwen.

Lupita Nyong'o e Chadwick Boseman na pré-estreia de Pantera Negra.

O legado de Chadwick Boseman não está presente apenas nas memórias, mas também na continuidade de seu trabalho, com John Kani voltando a vestir a pele do icônico Rafiki em Mufasa: O Rei Leão. Kani recordou sua experiência anterior, dizendo que reencontrar o personagem foi como “colocar um velho casaco de volta”. Essa metáfora rica expressa como Kani se sente confortável e nostálgico ao retornar a um papel que é parte de sua identidade como ator. “Estamos ambos com mais de 80 anos, e eu também agora tenho sete filhos e 10 netos. Então, ao falar com Blue Ivy como Kiara, eu sabia como agir, pois estou sempre conversando com meus netos”, ele compartilhou.

No final, a história de John Kani e Chadwick Boseman não é apenas sobre atuar em um filme icônico, mas sobre a força dos laços que podem se formar em circunstâncias inesperadas e sobre como esses vínculos permanecem vivos mesmo após a partida de um ente querido. Kani honra o legado de Boseman, não apenas como um colega de trabalho, mas como uma figura paternal que transcendeu a tela. A relação construída entre eles continua a aquecer o coração de todos que tiveram o privilégio de testemunhar essa bela amizade.

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