A história de Javeria Wasim, uma estudante universitária de apenas 19 anos, lança um alerta sobre os perigos aparentemente inofensivos dos doces. Ela teve sua mandíbula fixada após uma experiência dolorosa com um famoso doce, conhecido como “jawbreaker”. A tragédia começou de forma bem-humorada, quando Javeria e uma amiga decidiram comprar o doce que, como o nome indica, é uma verdadeira provação para os dentes. A decisão aparentemente inocente resultou em complicações que mudaram a vida de Javeria, que teve que se adaptar a uma dieta líquida, enfrentando dores constantes e uma série de desafios diários.
Conforme relatado à Kennedy News and Media pelo Daily Mail, Javeria estava em uma loja onde encontrou o famoso doce, que tem o tamanho de uma bola de bilhar. “Pegamos um gigante, do maior tamanho que eles tinham”, comentou. A jovem contou que, ao retornarem a seu dormitório, decidiu mordê-lo. “Eu mordi, fiz apenas um buraco e minha mandíbula começou a doer. Minha amiga olhou e disse que meu dente estava lascado”, recorda.
Rapidamente, a dor se intensificou. “Eu estava chorando muito quando a ambulância chegou, e tudo estava borrado”. Ao chegar ao hospital, exames de imagem, como tomografia computadorizada e raio-x, confirmaram a fratura da mandíbula em dois locais diferentes, resultado direto do impacto ao morder o doce. “Disseram-me que minha mandíbula estava quebrada e que precisava ser fixada. Eu fiquei chocada; pensei que meu maior problema era o dente quebrado”, afirma Javeria, que precisou passar por uma cirurgia para reparar os danos.
O processo de recuperação foi desafiador. Javeria teve que manter a mandíbula fixada por seis longas semanas, durante as quais sua dieta se restringiu a líquidos. “Não posso comer nada, estou vivendo apenas de shakes de proteína e sopas”, contou aos repórteres, notando que havia perdido 3,2 kg nas duas primeiras semanas de recuperação. “Eu não como há 42 dias”, desabafou, revelando como a fome constante a afetava. “Tudo o que posso pensar é quão faminta estou. Eu subestimei a sensação de me sentir saciada. Sinto falta da comida imensamente e me irrita não poder abrir a boca ou lamber os lábios se a comida me sujar.”
Logo Javeria teve que enfrentar o retorno à vida normal, ou pelo menos ao que essa nova normalidade pudesse oferecer. Após ter a mandíbula liberada em 23 de dezembro, a jovem descobriu que agora também precisava lidar com os danos que o doce causou em seus dentes. “Todos os meus dentes inferiores estão danificados. Meus dois dentes frontais têm um pequeno espaço agora, então vou precisar usar aparelho para consertá-los”, explicou, refletindo sobre as consequências de sua decisão de morder um “jawbreaker”.
Com uma experiência tão traumática, a estudante não hesitou em compartilhar uma importante lição com os outros que possam ser tentados por doces similares. “Foi uma coisa tão estúpida, pessoas quebram a mandíbula em acidentes de carro ou brigas; essa era uma maneira tão evitável de quebrar a mandíbula”, comentou. “Eu diria a todos que, se quiserem experimentar um jawbreaker, é melhor levar as seis semanas para consumi-lo lentamente do que enfrentar seis semanas sofrendo as consequências de mordê-lo e ter a mandíbula fixada.”
Sua experiência nos lembra que nem tudo que parece divertido carrega apenas bons momentos. Javeria agora inspira outros a priorizar a segurança e a sanidade ao lidar com desafios tão saborosos quanto encaradores. Como todos sabemos, a vida é feita de escolhas e, se a de Javeria ressaltar alguma coisa, é que o sabor pode não valer a dor. Agora, ela precisa enfrentar a tarefa de reconstruir não apenas seu sorriso, mas também sua relação com os doces.
É essencial que todos nós tenhamos consciência das possíveis consequências diante de decisões cotidianas. Antes de se deixar levar pela tentação de um doce que parece inofensivo, pare e reflita: a saúde bucal e a integridade física são muito mais importantes. O mundo dos doces pode ser fascinante, mas às vezes pode revelar surpresas nada prazerosas.