Marianne Jean-Baptiste está vivendo um momento especial na sua carreira, recebendo
reconhecimento por seu trabalho no filme Hard Truths.
Recentemente, a atriz conquistou o prêmio de melhor performance feminina no
British Independent Film Awards (BIFA), realizado numa noite de celebração de talentos no cinema independente.
Durante uma breve conversa com o The Hollywood Reporter, Marianne falou sobre a recepção entusiástica ao seu desempenho na direção de Mike Leigh.
Em Hard Truths, Jean-Baptiste interpreta Pansy, uma mulher lidando com questões de raiva
que a afastam de sua família. Apesar de sua incrível performance, a atriz teve a infelicidade de não ser indicada ao
prêmio Golden Globes, apesar de a crítica a ter elogiado como uma das melhores de 2024.
David Rooney, crítico do THR, descreveu a atuação de Jean-Baptiste como
“uma virada feroz”, a qual, segundo ele, “amplifica sua amargura a alturas frequentemente cômicas, ao mesmo tempo
que, com sutis nuances, faz o público empatizar com a dor e a decepção da personagem.” Sem dúvida,
a crítica positiva ao seu trabalho tem sido intensa.
Através de sua participação em Hard Truths, Marianne destacou a importância
da colaboração no cinema, mencionando sua conexão afetiva com a co-estrela Michele Austin, que ela descreve como
uma irmã que esteve ao seu lado durante todo esse trajeto. “Eu adoro fazer filmes assim porque é realmente
colaborativo… Nós nos divertimos muito”, compartilhou com entusiasmo.
Sobre a experiência de trabalhar com Mike Leigh, Marianne expressou sua
admiração pela abordagem do diretor, que faz filmes sem um roteiro definido. “Ele vai até os produtores e
financiadores e diz que vai fazer um filme, e eles não têm ideia do que isso será. É corajoso da parte deles
financiar um projeto assim!” enfatizou.
Embora o filme Hard Truths tenha sido amplamente aclamado,
outras produções, como Kneecap, venceram os prêmios principais na cerimônia. O filme irlandês,
que foi um dos favoritos, conquistou múltiplos prêmios no BIFA, mas não obteve reconhecimento no Golden Globe, destacando
o quanto a competição é intensa.
Através de suas reflexões sobre o prêmio e os elogios,
Jean-Baptiste ressaltou que, acima de tudo, o reconhecimento tem o propósito de trazer públicos aos filmes.
“Eu diria que receber elogios faz parte do processo e é algo positivo. As pessoas precisam ver o filme,
e pessoas dizendo que você fez um bom trabalho não é algo ruim, certo?”
Chama a atenção ainda que o filme sul-coreano, Emilia Pérez,
esteja na corrida para o Oscar, superando o recorde do musical Cabaret e Barbie ao receber 10 nomeações
no Golden Globe. Com tantas produções disputando a atenção, o futuro parece promissor e competitivo para o próximo
ciclo de premiações, e os holofotes continuam a brilhar sobre as performances de Marianne Jean-Baptiste e
suas reflexões sobre o mundo do cinema contemporâneo.