Na noite de premiação do futebol africano, um dos maiores destaques ficou não apenas com os vencedores, mas também com as ausências notáveis. Mohamed Salah, astro do Liverpool e da seleção do Egito, foi surpreendentemente excluído da lista de indicados ao prêmio de Jogador Africano do Ano, uma decisão que deixou muitos fãs e críticos perplexos, considerando suas contribuições notáveis no cenário do futebol internacional. A premiação, que reconhece o talento e as habilidades excepcionais de jogadores africanos, teve como vencedor o atacante Ademola Lookman, que superou outros concorrentes de peso, como Serhou Guirassy e Achraf Hakimi, em uma categoria repleta de estrelas.
A temporada 2023/2024 tem sido notoriamente brilhante para Salah. Com um desempenho decisivo na Premier League, ele tem sido fundamental para as campanhas do Liverpool, acumulando gols e assistências que solidificaram seu status como um dos melhores jogadores do futebol mundial. Seus feitos em campo são frequentemente acompanhados por recordes impressionantes, tornando sua ausência da lista de indicados ainda mais curiosa. A Confederação Africana de Futebol (CAF), organizadora do evento, anunciou a lista dos finalistas, e a omissão de Salah levantou questões sobre os critérios de seleção adotados para essa premiação.
Ademola Lookman, por sua vez, fez uma temporada digna de reconhecimento. O atacante nigeriano foi uma força motriz no Atalanta, destacando-se tanto na Serie A quanto nas competições europeias. Sua capacidade de decidir jogos e marcar gols importantes lhe garantiu o prêmio de Jogador Africano do Ano, um feito que, embora merecido, fez muitos torcerem para que Salah também estivesse entre os nomeados. A escolha de Lookman como vencedor é um testemunho do talento emergente que está surgindo no futebol africano e do potencial de futuros ícones que podem rivalizar com as lendas do passado.
A grande questão que paira no ar é o que levará a um reconhecimento mais justo de jogadores como Salah em edições futuras. Críticos e torcedores pedem uma revisão nos critérios de seleção, que parece muitas vezes favorecer não apenas a performance, mas também fatores como a visibilidade em determinados clubes ou ligas. A CAF, por outro lado, defende que todos os candidatos foram avaliados com base em uma combinação de desempenhos individuais e coletivos no período considerado, mas a exclusão do egípcio pode abrir discussões sobre a necessidade de maior transparência nesse processo.
Por fim, a realização desta premiação destaca tanto as alegrias quanto as frustrações que o futebol pode gerar. Para muitos, incluir Salah na lista de candidatos parecia uma formalidade, dado seu impacto contínuo no jogo. Ao mesmo tempo, a ascensão de jogadores como Lookman é um sinal positivo para o futuro do futebol africano. Espera-se que o próximo ciclo de prêmios traga mais equidade às votações e celebrações das conquistas de todos os atletas, independentemente das circunstâncias que possam influenciar suas visibilidades. O futebol é um mosaico de talentos, e cada jogador tem sua parcela de contribuição, moldando assim a rica tapeçaria do esporte.
Portanto, enquanto a temporada avança e novas histórias se desenrolam, fica claro que a paixão pelo futebol — tanto no campo quanto fora dele — continua a ser um dos aspectos que nos une, independentemente das premiações e dos reconhecimentos formais. Um brinde aos talentos africanos e, claro, a esperança de que na próxima cerimônia, Mohamed Salah receba o reconhecimento que indiscutivelmente merece.