O episódio calamitoso aconteceu quando Tony Stark, o alter ego do Homem de Ferro interpretado por Downey Jr., questionou Strange sobre o que ele estava fazendo durante uma luta. Cumberbatch, visivelmente irritado, respondeu de forma contundente: “Proteger sua realidade, douchebag.” O que se seguiu foram reações de espanto e risadas tanto dos presentes quanto da equipe de filmagem, com muitos gritando “oooooh” em resposta à espontaneidade da cena. Este momento tornou-se um marco não apenas pela linha de Cumberbatch, mas pela química inegável entre os dois personagens icônicos do Universo Cinemático Marvel.
Essa anedota foi compartilhada como parte de uma conversa mais ampla onde Cumberbatch discutiu sua trajetória em filmes de grandes franquias como os do universo Marvel e Star Trek. Ele expressou seu amor e admiração pelas produções grandiosas que conseguem reunir tanto talento. “Amamos esses filmes”, comentou Cumberbatch, elogiando colegas como Tom Holland e Robert Downey Jr. O ator ainda se mostrou impressionado com Downey e questionou como ele consegue se manter tão atuante e bem-sucedido em sua carreira. Para Cumberbatch, produções de grande porte também trazem elementos do zeitgeist, refletindo a cultura e as questões sociais contemporâneas, o que as torna ainda mais relevantes e impactantes.
Além de discutir sua experiência em franquias, Cumberbatch também fez referência ao seu trabalho em filmes mais sérios como The Power of the Dog, onde se destacou e recebeu uma indicação ao Oscar pelo seu papel. Ele descreveu a experiência de atuar no filme como “divertida”, revelando que se conectou profundamente com seu personagem, refletindo sobre os desafios emocionais que viveu ao interpretar Alan Turing em The Imitation Game. Cumberbatch admitiu que, muitas vezes, ele mesmo sentia a dor do personagem, especialmente em uma cena impactante sobre durante a sua vida depois de ser alvo de discriminação e violência por ser homossexual.
Voltando sua atenção para o futuro, o ator comentou sobre projetos futuros, como o filme The Roses, onde atuará ao lado de Olivia Colman, e a nova produção de Wes Anderson, cuja título provisório é The Phoenician Scheme. Cumberbatch também falou sobre seu papel na produção, como produtor executivo de We Live in Time com Florence Pugh e Andrew Garfield, destacando a dificuldade de manejar financiamentos e orçamentos em uma indústria audiovisual tão desafiadora, afirmando com clareza que “não é uma fábrica de projetos de vaidade”, algo comum neste ramo do entretenimento.
Na ocasião, quando questionado sobre seu tempo em Sherlock, Cumberbatch atribuiu o sucesso do programa à química que ele teve com Martin Freeman, especialmente ressaltando que não havia filtros na dinâmica entre os personagens. Ele ainda descreveu Freeman como “um dos seres humanos mais engraçados que já conheci.” O conhecimento e a maestria na atuação de ambos foram cruciais na transformação de Sherlock em um sucesso mundial, um verdadeiro “momento em torno da fonte que se tranformou em digital”, como brincou o ator.
A sessão, marcada por uma contagiante energia e admiração do público, culminou em aplausos entusiásticos e gritos de “Nós te amamos!” quando Cumberbatch deixou o palco, mostrando o quanto ele continua a ser querido tanto por fãs quanto por colegas da indústria. As reflexões sobre sua carreira e suas interações memoráveis estão longe de serem simples eventos de marketing; elas revelam as conexões genuínas que Cumberbatch desenvolveu ao longo de sua carreira no cinema e na televisão, refletindo uma jornada repleta de experiências enriquecedoras que encantam suas legiões de fãs.