No universo das celebridades, algumas histórias se destacam por seu teor intrigante e, por vezes, cômico. Recentemente, o ator e comediante Paul Rust trouxe à tona uma experiência que teve com James Franco durante as filmagens de um esboço da CollegeHumor, logo após a infame apresentação dos Oscars de 2011, que Franco fez ao lado de Anne Hathaway. Rust compartilhou essa lembrança em seu podcast With Gourley and Rust, revelando que, nas filmagens, Franco demonstrou um comportamento visivelmente perturbador, lembrando ali um contextos que muitos consideram controversos, principalmente considerando a repercussão negativa que sua performance nos Oscars havia recebido.
Durante o episódio que foi ao ar em 27 de dezembro, o comediante mencionou que a produção do esboço ocorreu apenas dois dias após os Oscars, tempo insuficiente para que Franco superasse a pressão e a crítica que enfrentou por sua atuação naquele evento. De acordo com Rust, ele se recorda de que Franco estava em um humor difícil, e não conseguia pronunciar suas falas de maneira coesa, resultando em gravações que não podiam ser utilizadas. Essa fase de Franco indubitavelmente reavivou memórias de um evento que foi um marco negativo em sua carreira, sendo amplamente reprovada pela mídia e pelo público.
Rust descreveu a situação em detalhes, afirmando que Franco parecia “desaparecer” durante as filmagens, com a cabeça baixa e murmurando suas falas, tornando-as impossíveis de ser utilizadas. A atuação de Franco nos Oscars, marcada por uma crescente sensação de desconforto, parecia influenciar negativamente seu desempenho no esboço. Rust, ao recordar esse dia, não se conteve e fez questão de enfatizar o paradoxo ligado ao título que Franco frequentemente leva: o de ser um “homem do Renascimento”.
A narrativa de Rust saiu do controle quando o diretor do esboço se levantou para confrontar Franco, resultando em um surto de raiva do ator. Franco, aparentemente cansado e incapaz de lidar com a pressão, começou a fazer improvisações que não apenas deviavam do script, mas que também offuscavam o próprio trabalho, revelando traços de sua frustração. Com uma ironia mordaz, Franco fez comentários autodepreciativos sobre a sua imagem pública, incluindo uma frase que ficou ecoando na mente de Rust: “James Franco estava alto de heroína quando apresentou os Oscars na noite anterior”. Essa atitude provocou um desconforto palpável no set, levando até a uma intervenção do publicitário do ator, que estava bem ciente dos rumores que cercavam Franco após sua apresentação desastrosa nos Oscars.
Ainda mais complexo foi o envolvimento de Rust com o mau humor de Franco que extrapolou as filmagens. Ao lidar com os outros atores no set, Franco chegou a utilizar ofensas direcionadas a eles, demonstrando uma falta de respeito inusitada, considerando que todos estavam no mesmo barco criativo. O momento culminante do incidente se deu quando Rust testemunhou Franco se levantando, chutando uma cadeira e deixando o set abruptamente, uma ação que certamente não ajudou sua reputação já abalada.
Após compartilhar essa experiência, Rust refletiu sobre a cultura em Hollywood, onde muitos colaboradores hesitam em relatar comportamentos inadequados de seus colegas devido ao temor de não serem bem vistos. Ele mencionou que há uma tendência de “não contar esses segredos abertos”, o que impede uma cultura de responsabilidade no setor. No entanto, Rust se disse disposto a arriscar sua imagem ao apoiar Franco, em meio a uma fase de cancelamento que o ator viveu nos últimos anos.
As próximas interações de Franco na indústria cinematográfica foram afetadas de maneira significativa por uma série de acusações de comportamento sexual inadequado, com cinco mulheres, incluindo atuantes alunas, registrando queixas contra ele. Essa situação culminou em um processo que Franco não hesitou em resolver através de um acordo em 2021. Contudo, em 2024, Franco retornou ao círculo de cinema, lançando três longa-metragens. Em uma entrevista, ele refletiu sobre a magnitude dos eventos que levaram à sua queda, afirmando que viveu uma transformação em sua vida pessoal e profissional, mencionando que “passou por isso” e que tudo foi amplamente tratado, permitindo que ele seguisse em frente.
Assim, a história de Paul Rust não apenas oferece um vislumbre de um dia desagradável nas filmagens, mas também traz à tona uma discussão necessária sobre os comportamentos na indústria do entretenimento. Franco, como muitos outros, precisa enfrentar as consequências das suas ações, mas também merece um espaço para tentar restaurar sua imagem. Afinal, na saúde da arte e do entretenimento, a linha entre o talento e o comportamento se torna cada vez mais difusa.