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No início de um novo ano, muitas pessoas sentem uma pressão inegável para estabelecer resoluções que, na maior parte das vezes, acabam se tornando mais promessas vazias do que compromissos genuínos. Neste contexto, Faith Salie, uma renomada escritora e comentarista, compartilha suas reflexões sobre o significado profundo dessas resoluções e nos convida a uma perspectiva mais tranquila e significativa. Ao invés de estabelecer metas rigorosas ou listas extensas de coisas a fazer, ela propõe que consideremos desejos mais vagos e a flexibilização de nossas expectativas. Em um mundo agitado e exigente, muitas vezes perdemos de vista o que realmente importa e, ao vermos nossas crianças crescendo rapidamente, percebemos que o verdadeiro tempo é precioso e limitado.

Salie expressa sua desilusão em relação às resoluções tradicionais, confessando que não faz mais promessas explícitas a si mesma. No entanto, ela abriga desejos que se assemelham a uma busca interna: ela anseia por meditar, retomar seu francês aprendido na universidade e finalmente ler obras clássicas como “Moby Dick”. Esses sonhos subjacentes revelam como, em meio a atividades diárias, frequentemente nos esquecemos de cuidar de nós mesmos e de nossas paixões. Este tema é particularmente comovente, especialmente quando ela observa que seus filhos estão crescendo rapidamente, uma realidade que leva todos os pais a querer aproveitar cada momento. O tempo é um elemento que, após refletido, pode gerar um enorme desejo de extrair o máximo dele ao celebrarmos a vida e as pequenas vitórias.

A autora também traz à luz um aspecto etimológico interessante sobre a palavra ‘resolução’. Ao investigar sua origem, descobriu que a raíz da palavra vem do latim “resolvere”, que é traduzida como “afrouxar, desfazer, liberar”. Essa interpretação abre espaço para uma nova compreensão do que significa realmente fazer resoluções: talvez, devêssemos focar menos em atar nós impossíveis e mais em desfazê-los. A leveza ao abordar essa questão pode ser exatamente o que muitos de nós precisamos em um mundo que exige muito de nossas resoluções e de nós mesmos.

Ao longo de sua narrativa, Salie compartilha uma lembrança emocional sobre sua falecida tia Judy, que a levou a ponderar sobre a fé e a bondade encontradas nas pequenas coisas. A autora menciona uma oração da sua tia que chamava a Virgem Maria de “Nossa Senhora, Desatadora dos Nós”, um símbolo evocativo de esperança e libertação dos entraves da vida. Ela reflete sobre como a busca para ‘desatar nós’ se torna sua resolução pessoal, um desejo de soltar as amarras que muitas vezes nos prendem a velhos padrões de comportamento e a visões estreitas da vida.

Essa abordagem toca em um ponto extremamente relevante: a disposição para mudar perspectiva, o que pode gerar novas possibilidades de ação e compreensão. Relembrar-se de estar presente no agora e, assim, relaxar a tensão em relação ao passado e ao futuro pode nos ajudar a criar uma nova dinâmica em nossas vidas. Tal reflexão se torna um convite para que possamos reconsiderar o tempo, não como algo a ser controlado, mas como uma série de momentos a serem vivenciados plenamente.

Concluindo, ao invés de se concentrar em objetivos que podem parecer rígidos e difíceis de serem alcançados, Faith Salie nos convida a participar de um acolhimento da vida como ela é, celebrando a liberdade de criar novas narrativas pessoais e coletivas. A proposta de desatar os nós e buscar a liberadora “resolução” mostra-se uma possibilidade que pode, de fato, ajudar a muitos a reconhecerem que o verdadeiro valor do tempo está em vivê-lo com plenitude e intenção.

Para mais informações:

A história foi produzida por Liza Monasebian. Editor: Joseph Frandino.

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