Na manhã desta quinta-feira, membros do sindicato Teamsters iniciaram uma greve contra a Amazon, marcando um movimento de reivindicação que está prestes a se espalhar para seis instalações em quatro estados, de costa a costa. A ação, que se desenrola em um contexto de crescente tensão entre os trabalhadores de logística e a gigante do comércio eletrônico, visa chamar a atenção para as condições de trabalho e a remuneração dos funcionários que, segundo os sindicalistas, não refletem a lucratividade da empresa.
Apesar da mobilização significativa, a Amazon afirmou que suas operações não serão impactadas pelas ações do sindicato, ressaltando que a equipe Teamsters representa apenas 7.000 trabalhadores da Amazon em todo o país, o que corresponde a menos de 1% da força de trabalho total da empresa nos Estados Unidos. Essa discrepância levanta questionamentos sobre a real extensão do apoio sindical entre os trabalhadores da gigante da tecnologia e comércio.
O presidente geral da Teamsters, Sean O’Brien, fez declarações contundentes em relação à situação, afirmando que “se a sua entrega atrasar durante as festas de fim de ano, você pode culpar a ganância insaciável da Amazon”. Ele enfatizou que o sindicato havia fornecido um prazo claro para que a empresa sentasse à mesa e fizesse o que é certo para os membros, mas que a Amazon ignorou esse apelo.
É interessante notar que, apesar do anuncio de greve, o armazém de Staten Island, que foi o primeiro a ter funcionários votando para se unir a um sindicato em 2022, não participará da greve. A ausência desse local é intrigante, considerando que o sindicato havia previamente autorizado uma ação de greve naquele local, mas não esclareceu as razões específicas pelas quais os membros de Staten Island não se juntariam aos protestos. Este armazém viu sua votação certificada pelo National Labor Relations Board (NLRB), embora a Amazon continue a contestá-la legalmente.
O primeiro local onde a greve começou às 6h da manhã, horário do Leste dos EUA, foi uma instalação no Queens. O sindicato alega que representa motoristas que trabalham para um contratado da Amazon e, sob uma regra recentemente anunciada pelo NLRB, eles podem ser considerados empregadores conjuntos, tanto o serviço de entrega quanto a Amazon. No entanto, a Amazon, junto com outras associações empresariais, está desafiando essa nova interpretação legal.
Em resposta às ações do Teamsters, Kelly Nantel, porta-voz da Amazon, comentou que “há muitas nuances aqui, mas quero deixar claro que os Teamsters não representam nenhum funcionário da Amazon, apesar de suas afirmações em contrário”. Ela afirmou ainda que a narrativa construída em torno da greve é uma estratégia de relações públicas e que a conduta dos Teamsters ao longo do último ano, incluindo esta semana, é ilegal.
Além do Queens, outras localidades que estão programadas para entrar em greve ainda na manhã desta quinta incluem um local em Skokie, Illinois, um subúrbio de Chicago, bem como locais em Atlanta, San Francisco, Victorville e na Cidade da Indústria, Califórnia. Este aumento nas ações do sindicato ressalta um clima de descontentamento entre os trabalhadores da logística, que buscam melhores condições de trabalho e remunerações justas em um setor que tem visto crescimento exponencial, especialmente durante a pandemia.
À medida que os desdobramentos dessa greve ganham atenção, muitos se perguntam como isso impactará o funcionamento da Amazon, especialmente em um momento crítico próximo às festas de fim de ano, quando a demanda por entrega de pacotes atinge seu pico. Fique atento para as atualizações dessa história em desenvolvimento, que promete trazer mais informações sobre o futuro dos trabalhadores na Amazon e as respostas da empresa a esses protestos.
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