No dia 29 de dezembro de 2024, o voo 7C2216 da Jeju Air sofreu um acidente trágico enquanto tentava aterrissar no Aeroporto Internacional de Muan, resultando na morte de 179 pessoas a bordo. Apenas duas pessoas, ambas com ferimentos graves, conseguiram sobreviver. Com a investigação em andamento, as autoridades estão compilando informações cruciais sobre os momentos finais da aeronave, enquanto medidas de segurança foram anunciadas para prevenir futuros desastres similares.

A recuperação da caixa-preta do voo Jeju Air 7C2216, que estava parcialmente danificada, foi um dos principais focos das autoridades na busca por respostas. Ju Jong-wan, diretor de política de aviação do Ministério de Terras, Infraestrutura e Transporte da Coreia do Sul, ressaltou que a extração dos dados pode demandar um tempo considerável, conforme relatado pelo The New York Times. O CEO da Jeju Air, Kim E-bae, também comentou que, no instante do acidente, a aeronave pegou fogo durante a aterrissagem, um evento que ocorreu por volta das 9h03, horário local.

O voo, que transportava 175 passageiros e seis membros da tripulação, saiu de Bangcoc. De acordo com informações veiculadas pelas agências de notícias sul-coreanas, como a Yonhap e a CNN, a aeronave derrapou na pista após a aterrissagem e colidiu com um muro de concreto no aeroporto. Os únicos sobreviventes do desastre foram dois comissários de bordo, que foram resgatados com ferimentos que variavam de moderados a graves.

As autoridades também revelaram um cronograma detalhado dos eventos que levaram ao acidente. Por volta das 8h57, o controle de tráfego aéreo do aeroporto alertou a aeronave sobre a presença de pássaros na área, enquanto o avião se preparava para aterrissar. A situação se agravou a partir das 8h59, quando os pilotos emitiram um «mayday» e informaram sobre uma possível colisão com pássaros, solicitando uma manobra de retorno. Aproximadamente um minuto depois, um dos pilotos declarou que realizaria uma nova tentativa de aterrissagem e pediu autorização para pousar na pista 19, o que exigiria uma manobra de 180 graus, conforme reportado pelo The Wall Street Journal e pelo Reuters.

Às 9h01, os pilotos receberam a autorização do controle aéreo para realizar a nova aterrissagem. No entanto, às 9h03, o Jeju Air 7C2216 aparentemente não possuía o trem de pouso ativo, conforme demonstrado em imagens do momento. A aeronave saiu da pista, colidiu com a estrutura de concreto e incendiou-se. Os esforços de resgate começaram imediatamente, e às 9h23, uma pessoa foi resgatada e levada para um hospital. Às 9h50, outra pessoa foi retirada da seção traseira da aeronave, que estava gravemente danificada.

As teorias sobre a causa do acidente incluem uma colisão com pássaros e condições climáticas desfavoráveis. Segundo reportagens da BBC News, as vítimas tinham idades que variavam de 3 a 78 anos, sendo que a maioria tinha entre 40 e 60 anos. O CEO da Jeju Air reiterou que antes do acidente, o avião não apresentava nenhum sinal de problemas. Em uma coletiva de imprensa, Kim E-bae afirmou que “neste momento, é difícil determinar a causa do acidente e precisamos aguardar o anúncio oficial da investigação pelo órgão competente”.

No local do incidente, familiares das vítimas mostraram-se devastados, com pessoas chorando e lamentando as perdas. Maeng Gi-su, tio de uma das vítimas, compartilhou sua tragédia pessoal ao contar que seu sobrinho e os dois filhos dele estavam na Tailândia para celebrar uma visita, todos tendo perdido a vida no acidente. “Não consigo acreditar que toda a família simplesmente desapareceu”, desabafou ele, expressando sua dor intensa.

Considerado o acidente aéreo mais mortal na região em anos recentes, o incidente provocou uma resposta rápida do governo sul-coreano. As autoridades anunciaram uma revisão de segurança para todas as aeronaves Boeing 737-800 operadas por companhias aéreas do país. O presidente interino Choi Sang-mok afirmou que “a essência de uma resposta responsável seria reformular os sistemas de segurança na aviação como um todo para prevenir recorrências de incidentes semelhantes, construindo uma República da Coreia mais segura”.

No dia do acidente, a Boeing também se manifestou, afirmando estar em contato com a Jeju Air em relação ao voo 2216 e expressando seu apoio, além de oferecer condolências às famílias das vítimas. “Nossos pensamentos permanecem com os passageiros e a tripulação”, destacou a nota oficial da fabricante.

Acidente Jeju Air no Aeroporto Internacional de Muan.

Em suma, o acidente com o voo Jeju Air 7C2216 não apenas causou perdas irreparáveis para muitas famílias, mas também levantou questões urgentes sobre a segurança aérea na Coreia do Sul. A nação agora enfrenta o desafio de revisar e fortalecer suas normas de segurança para garantir que tragédias como esta não se repitam. Para que possamos seguir, é vital que as medidas adequadas sejam implementadas e que a memória das vítimas seja honrada com ações concretas que protejam vidas no futuro.

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