Uma história de luto e luta pela vida. Lyndsey Feeney, uma mulher de 45 anos, enfrentou uma tragédia sem precedentes ao perder ambos os seus pais para sepsis em uma sequência devastadora de apenas três meses. A situação se agravou quando, após o falecimento da mãe, ela desenvolveu uma infecção do trato urinário que levou à mesma condição fatal que havia tirado a vida de seus entes queridos. Esta narrativa não é apenas um relato pessoal, mas um alerta sobre a gravidade da sepsis, uma condição médica que muitas vezes é chamada de “assassina silenciosa”.
No mês de abril, Lyndsey sofreu seu primeiro golpe emocional quando seu pai, Archie Feeney, de 73 anos, faleceu. Após uma lesão no braço que se tornou grave devido a uma infecção bacteriana, a saúde dele deteriorou-se rapidamente. Inicialmente, o ferimento causou celulite, uma infecção cutânea que, em questão de dias, progrediu para sepsis. “Foi horrível. Ele se tornou delirante e começou a puxar os drenos de intravenosa”, recorda Lyndsey. A família, que esperava por sua recuperação, viu seus sonhos desmoronarem quando os órgãos do pai começaram a falhar. Archie faleceu no hospital, deixando um vazio imenso na vida de Lyndsey.
A tragédia, no entanto, não se limitou a Archie. Apenas três meses depois, Lyndsey enfrentou outra perda devastadora. Em julho, sua mãe, Cathy Feeney, de 72 anos, que já lidava com a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), desenvolveu uma infecção urinária. Embora Cathy tenha procurado ajuda, sua condição era crítica e, em questão de horas após chegar ao hospital, ela sucumbiu à sepsis. “Ela apresentou confusão mental e letargia. Minha irmã, Debbie, acionou uma ambulância, mas elas só chegaram quase às 3 da manhã,” conta Lyndsey, ainda em choque pela dor das perdas consecutivas.
Sepsis, conforme definido pela Cleveland Clinic, ocorre quando o sistema imunológico de uma pessoa reage de forma perigosa a uma infecção, provocando uma inflamação generalizada que pode resultar em danos teciduais, falência de órgãos e, em casos extremos, até mesmo a morte. A condição exige atenção médica imediata, sendo considerada uma verdadeira emergência médica.
Em um cruel desdobramento dos eventos, no final de novembro, Lyndsey começou a sentir dores nas costas e febre alta, além de dificuldades para urinar. Temendo o pior, ela decidiu ir ao hospital e, após exames, foi diagnosticada com uma infecção urinária que rapidamente evoluiu para sepsis. Apesar de estar em uma situação alarmante, a rapidez do atendimento e a administração de antibióticos foram essenciais para sua recuperação: “Felizmente, minha saúde respondeu bem ao tratamento”, destaca Feeney.
Agora, Lyndsey está determinada a compartilhar sua experiência para aumentar a conscientização sobre a sepsis. “Eles chamam isso de ‘assassina silenciosa’ por um motivo. Se não for detectada a tempo, não há o que fazer”, alerta. Ela enfatiza a importância de reconhecer os sintomas da sepsis, que incluem confusão mental, febre alta, calafrios, queda da pressão arterial e aumento da frequência cardíaca, conforme orientações da Cleveland Clinic. Sua recuperação bem-sucedida deve-se ao tratamento ágil e eficaz recebido no hospital, o que promete ser um chamado à ação para outros que, como ela, podem não estar cientes dos perigos dessa condição.
Com uma determinação que inspira respeito, Feeney afirma: “É devastador. Mas se compartilhar minha história puder ajudar a salvar alguém, então vale a pena.” Com sua mensagem, Lyndsey não busca apenas se curar emocionalmente, mas também se torna uma voz poderosa que pode fazer a diferença na vida de outros.
Por fim, a história trágica de Lyndsey Feeney destaca a urgência de se atentar aos sinais de infecção e sepsis, além de promover uma rede de apoio para aqueles que estão enfrentando a dor da perda. O legado de seus pais viverá não apenas em seu coração, mas também na missão que ela abraça de alertar o mundo sobre uma condição que muitos desconhecem até serem confrontados por sua dureza.