Valerie Bertinelli, a atriz e apresentadora de televisão dos Estados Unidos, escolheu uma data significativa para prestar homenagem ao seu pai, Andrew Bertinelli, que faleceu em 2016, aos 82 anos. No último sábado, 7 de dezembro, ela compartilhou um post emocionante em sua conta no Instagram, onde um carrossel de fotos com seu pai capturava momentos que ainda são muito valiosos para ela. Ao relembrar não apenas a figura paterna, mas também como suas experiências impactaram sua vida e seus relacionamentos, Bertinelli mergulhou em reflexões profundas sobre a complexidade das relações familiares e amorosas.

“Já se passaram oito anos desde que meu pai faleceu”, começou a legenda do post, na qual Bertinelli expressa sua saudade e a conexão que ainda mantém com a memória dele. Suas palavras revelam uma mudança na percepção que ela teve em relação ao seu pai, à medida que se concentrou no contexto de sua criação e nas dificuldades que ele enfrentou durante a infância. Bertinelli fez questão de notar que seu pai “nunca teve um modelo do que um pai poderia ou deveria ser”, um ponto que ecoa na sua narrativa familiar, trazendo à tona a trajetória de seu avô. “Meu avô, Nazzareno Bertinelli, deixou uma esposa e um filho na Itália, mudou-se para a América, trabalhou nas minas de carvão e se casou com minha avó Angelina”, disse ela, revelando a complexidade do legado familiar. “Não sei se minha avó sabia ou não. Sei que meu pai eventualmente soube porque encontramos algumas cartas de seu meio-irmão após a sua morte, mas ele nunca nos falou sobre isso.”

Esse relato íntimo e pessoal reflete não apenas a dor da perda, mas também uma jornada de autoconhecimento e compreensão à medida que ela revisita a história familiar. Bertinelli mencionou que seu avô era uma figura temida por muitos, mas que também tinha momentos de bondade, algo que deixou uma impressão duradoura na atriz. “Os homens sempre me deixaram perplexa”, confessou ela com honestidade. “Eu testemunhei que eles poderiam ser gentis e, ao mesmo tempo, assustadores, nunca sabendo qual deles eu iria encontrar.” Essa realocação de um pai que amava e, ao mesmo tempo, era crítico, deu origem a um fardo emocional que, segundo Valerie, ainda a acompanha nas suas interações amorosas. “Meu pai tinha expectativas muito altas. Ele foi um pai severo e agressivo com os filhos e um pai amoroso, mas crítico comigo… Na verdade, não sei nem como explicar como ele tratava minha mãe. Eu ainda estou tentando desfazer o emaranhado da visão do que é o amor entre duas pessoas.”

A partilha de sentimentos complexos a respeito do pai foi enriquecida com um tom de compaixão. “Eu amava meu pai”, ela escreveu, “e ainda o amo. Agora eu o vejo com olhos mais claros. E não sem alguma culpa por julgá-lo e seu comportamento. Tenho compaixão por ele. Ele foi um homem complicado.” Ao concluir, Bertinelli fez uma revelação que poderia surpreender muitos: “Ainda me apaixono por homens complicados.”

Valerie Bertinelli e seu pai, Andrew Bertinelli

Na atualidade, Bertinelli continua sua jornada de autodescoberta e crescimento pessoal, especialmente após o divórcio de seu ex-marido, Tom Vitale, finalizado em 22 de novembro de 2022. Em suas redes sociais, ela celebrou o que chamou de “dois anos de liberdade”, abordando as dificuldades emocionais que enfrentou durante este período. “Dois anos caminhando através de dúvidas sobre mim mesma e fazendo o meu melhor para chegar ao outro lado”, ela afirmou. Com uma sinceridade tocante, Bertinelli disse: “Dois anos sabendo que eu não merecia tolerar o intolerável. Dois anos lidando com a vergonha e o ódio a mim mesma. (Ainda trabalhando nesta parte. Longa jornada ainda pela frente.).”

Recentemente, Bertinelli foi vista em um relacionamento com o escritor Mike Goodnough, que durou de março a novembro. Durante este período, ela compartilhou mensagens vulneráveis com seus fãs sobre suas lutas com a saúde mental, trazendo à tona questões que muitos enfrentam em seus próprios caminhos. Em um vídeo no Instagram, ela fez um relato sincero sobre ter enfrentado um grave ataque de ansiedade, comentando: “Bem, eu não sei se você pode perceber neste vídeo (e meu coração ainda está batendo um pouco rápido enquanto escrevo isso) que eu tive um ataque de ansiedade muito ruim hoje. Não tive um semelhante há muito, muito tempo. Há algumas horas, eu estava chorando incontrolavelmente, e meu coração parecia que estava prestes a sair do peito. Não conseguia parar de tremer.” A vulnerabilidade de suas palavras teve um impacto profundo em seus seguidores, muitos dos quais se sentiram reconhecidos e apoiados por sua coragem em compartilhar suas lutas.

A história emocional de Valerie Bertinelli não é apenas um tributo a um pai falecido, mas também um testemunho de uma mulher que está em constante busca por entender seus relacionamentos e seu próprio valor. Sua capacidade de refletir e lidar com suas experiências de vida, tanto boas quanto desafiadoras, continua a ser uma inspiração para muitos que a acompanham em sua trajetória. As lições aprendidas com as complexidades de sua infância, a dor do divórcio e a luta com a saúde mental são elementos que refletem a riqueza da experiência humana, mostrando que, no fim das contas, somos todos mais semelhantes do que diferentes.

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