O que está acontecendo com a categoria de documentários da Academia de Cinema? A lista divulgada em 17 de dezembro para o Oscar de melhor longa-metragem documentário deixou de fora um dos filmes mais aclamados do ano, Super/Man: The Christopher Reeve Story, que obteve 98% de aprovação no Rotten Tomatoes, venceu o principal prêmio de documentário do Critics Choice e foi nomeado ao prêmio principal da Producers Guild. Incríveis documentários sobre personalidades como Martha Stewart (Martha), Celine Dion (I Am: Celine Dion) e outros também não fizeram parte da lista, o que levanta questões sobre os critérios de seleção da categoria.
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Isso não significa que os 15 documentários selecionados sejam de baixa qualidade, pelo contrário, muitos deles são excepcionais. Entretanto, essa escolha reitera a estranha aversão da categoria a títulos populares, algo que se tornou evidente na última década.
Durante esse período, a Academia ignorou documentários como Good Night Oppy, um filme que conquistou o coração do público, além de uma série de outros documentários sobre celebridades. O histórico de desapontamentos inclui filmes renomados que não chegaram nem mesmo a ser lembrados nas indicações, embora tenham alcançado sucesso comercial e aclamados pela crítica.
É evidente que existe um problema com a forma como esses filmes populares são tratados pela Academia. Conversando com membros da comissão, a impressão é que muitos não querem apoiar um documentário que possa ser popular, pois temem que, se indicado, possa ser preferido em detrimento de obras que têm mais impacto social. Isso já ocorreu no passado, onde a academia frequentemente premiou filmes com temáticas menos desafiadoras em vez de conteúdos mais sociais e complexos.
Com os esforços para aumentar a diversidade dentro da Academia, desde 2016, a composição da comissão se tornou significativamente mais equitativa. No entanto, essa mudança pode ter ampliado a divergência entre os gostos da comissão e aqueles do público em geral.
No ano passado, todos os cinco indicados a melhor documentário eram títulos não falados em inglês, mostrando uma desconexão crescente entre as escolhas da Academia e as bilheteiras nacionais.
Os defensores da atual trajetória da Academia argumentam que é necessário celebrar obras menos mainstream, ou corre-se o risco de esses documentários deixarem de existir. Por outro lado, críticos afirmam que esses posicionamentos são mais sobre sinalização de virtude e ressentimento em relação ao financiamento dos documentários, que muitas vezes passam por uma seleção muito restrita e dependem de figuras conhecidas.
Em meio a esse cenário debate acalorado, surge um dos candidatos: o Will & Harper, um documentário que se destaca entre os favoritos. Essa produção, que acompanha Will Ferrell e sua amiga Harper Steele em uma viagem pelos Estados Unidos, foi muito bem recebida e já alcançou muitos prêmios de prestígio. Além disso, sua temática LGBTQ pode ressoar fortemente entre os membros da Academia, particularmente em um clima social tenso e polarizado.
Apesar de ser um concorrente inesperado, a recepção crítica do filme tem sido positiva, com muitos afirmando que ele poderia muito bem superar outros favoritos tradicionais e, possivelmente, garantir o Oscar.
Assim, embora a seleção da Academia continue a levantar questões, Will & Harper poderia ser a resposta inesperada, trazendo tanto visibilidade quanto reconhecimento para sua crescente base de fãs.
Esta análise apareceu pela primeira vez em uma edição especial de janeiro da revista Hollywood Reporter. Para assinar a revista, clique aqui para assinar.