A série Severance da Apple TV tem cativado o público desde sua estreia, provocando discussões e teorias entre os fãs que tentam desvendar os mistérios de Lumon e suas complexas linhas narrativas. Contudo, uma nova revelação sobre o roteiro original do piloto da série promete mudar completamente a percepção que temos dos personagens e da trama, como foi discutido no recente episódio do Severance Podcast, apresentado por Ben Stiller e Adam Scott. No episódio, os anfitriões abordaram as inspirações e mudanças significativas que ocorreram na transição do conceito original para aquilo que conhecemos na tela e que, se tivesse sido mantido, teria alterado o curso de Severance de maneira fundamental.
Uma Visão Diferente Para o Personagem Mark, Criado por Dan Erickson
O criador da série, Dan Erickson, revelou que sua ideia original para o roteiro de 2015 descrevia um Mark (interpretado por Adam Scott) divorciado em vez de viúvo. A primeira cena previa que Mark estivesse entrevistando-se para um emprego em uma locadora chamada Crazy Eagle Video logo após ter acidentalmente atropelado um gato. Ao retornar ao local para verificar o estado do gato, ele descobre que ele desapareceu e, ao bater na porta de uma casa, encontra a chefe da Lumon, Ms. Cobel (interpretada por Patricia Arquette).
Nesse encontro inusitado, a narrativa teria introduzido um elemento que definitivamente mudaria o tom da série. Enquanto Ms. Cobel exibia seu rato de estimação, o que se sucedeu poderia ser descrito como uma sequência macabra e intrigante: ela torturava o rato, apenas para, em seguida, revelar que o animal estava ‘separado’ (severed) em alguma medida. Esta cena teria proporcionado uma compreensão inusitada sobre o que significa a adesão ao processo de “severance”, com o rato substituindo a posição de Mark enquanto em um estado de transição, uma metáfora para a segmentação da vida e sua identidade.
A Mudança na Narrativa e Seu Impacto Nas Complexidades do Enredo
Com o novo enfoque, o personagem Mark deixaria de lidar com a dor da perda de sua esposa como uma das motivações centrais da trama. A revelação de que sua esposa não estava realmente morta, mas sim atuando como a conselheira de bem-estar, Ms. Casey (interpretada por Dichen Lachman), criaria uma dinâmica completamente diferente, que foi cuidadosamente desenvolvida ao longo da primeira temporada e se prepara para um confronto ainda mais intrigante na segunda temporada, prevista para estrear em 17 de janeiro.
Além disso, uma reestruturação brilhante teria levado Mark a ‘nascer’ de um enorme esfíncter que descia do teto durante sua orientação na Lumon, dando uma visão metafórica audaciosa sobre seu ‘renascimento’ nesse novo mundo. O episódio seguiria a trajetória de seu primeiro dia em Lumon de uma maneira notavelmente diferente, onde ele seria treinado pela personagem Helly R (interpretada por Britt Lower), e se perderia em um armário sem fim, um conceito que faz eco à percepção da claustrofobia psicológica que tanto ressoa na série.
Reflexões Finais Sobre o Impacto Potencial Das Mudanças Narrativas
Essas profundas alterações na narrativa não apenas teriam desviado a atenção do público do que realmente se tornou o Severance que conhecemos. O fato de que Mark poderia ter sido o que lutou para se conectar com seu ‘Outie’, ao invés de Helly, teria mudado a maneira como os espectadores se relacionam com os personagens e suas experiências de isolamento e solidão dentro da empresa.
À medida que mais episódios do podcast se aproximam do lançamento da nova temporada, os fãs da série devem estar preparados para reconsiderar suas interpretações e reações à história à luz deste novo conhecimento. Se os primeiros 20 minutos do podcast podem introduzir revelações tão impactantes, imagine o que mais poderemos descobrir nas próximas conversas.
Para os fãs de Severance, a jornada de exploração e descoberta continua. O podcast promete mais insights fascinantes que moldaram esta já intrigante e multidimensional série e comecemos a contar os dias para o retorno de nossos personagens favoritos.
