“`html

Uma denúncia perturbadora vem à tona envolvendo o ex-apresentador da Fox Sports, Skip Bayless. Uma hairstylist, Noushin Faraji, que exerceu sua função na emissora por mais de uma década, registrou um processo na Califórnia, acusando Bayless de assédio sexual. No processo, ela alega que Bayless fez múltiplas investidas indesejadas, incluindo uma oferta absurda de US$ 1,5 milhão para ter relações sexuais com ela.

Os advogados de Faraji argumentam que Bayless não apenas cometeu assédio, mas que ele agiu em um ambiente de trabalho que favorecia tais comportamentos, um problema que a denúncia sugere ter se espalhado por meio de executivos da Fox. Segundo o processo, a Fox Sports, juntamente com sua empresa-mãe, a Fox Corporation, é responsável por um clima de trabalho hostil, onde gerentes superiores e personalidades da televisão, como Bayless, podiam abusar de trabalhadores sem medo de represálias.

De acordo com informações da Associated Press, é comum que não sejam identificadas publicamente as pessoas que relatam ter sido vítimas de assédio sexual a menos que elas tratem de fazê-lo, como o caso de Faraji, que revelou sua identidade ao protocolar a ação judicial. A equipe de Bayless, por sua vez, ainda não se posicionou oficialmente acerca das alegações. O advogado de Bayless, Jared Levine, não respondeu às tentativas de contato da Associated Press, e mensagens deixadas no escritório da empresa que representa Bayless não receberam resposta imediata.

O clima de tensão e audácia por parte de Bayless se intensificou, de acordo com os relatos de Faraji. As alegações indicam que desde 2017 até o ano passado, ela enfrentou momentos desconfortáveis, como abraços prolongados, beijos no rosto e insinuações de que Bayless poderia “mudar a vida dela” se tivesse relações sexuais com ele. Em um fato particularmente chocante registrado em 2021, Faraji afirma que Bayless chegou a oferecer a quantia exorbitante de US$ 1,5 milhão em troca de sexo. Ao recusar sua proposta, Bayless teria ameaçado a segurança de seu emprego.

O processo judicial ressalta que a acusadora sempre se viu pressionada a ceder às investidas de Bayless, mas, como profissional, acreditava ser necessário manter a cordialidade com todos os talentos. Essa pressão psicológica é sublinhada pelo que Faraji declarou em sua queixa, onde argumenta que o ambiente de trabalho a levou a temer por sua integridade e segurança ao cogitar relatar suas experiências.

Bayless permaneceu na emissora até 2024, quando seu programa foi cancelado após uma queda drástica na audiência, consequentemente à saída de seu coapresentador, Shannon Sharpe. Faraji, por sua vez, informou que foi demitida em 2024, e o processo aponta que sua demissão foi baseada em razões que considera “fabricadas”. Inicialmente, ela se calou sobre sua experiência, convencida de que sua segurança estava em risco ao expor o assédio.

Além de suas alegações pessoais, a queixa de Faraji também menciona que outros funcionários da Fox não receberam os salários completos ou horas extras devidas. Assim, a ação busca status de ação coletiva, envolvendo outros trabalhadores que supostamente têm enfrentado circunstâncias semelhantes dentro da empresa.

É importante lembrar que esse não é o primeiro escândalo de assédio sexual a atingir a Fox Sports. Em 2017, a emissora demitiu seu chefe de programação em meio a uma investigação sobre alegações de assédio sexual. A cultura de assédio nas organizações de mídia continua a ser um tema de debate crucial, trazendo à tona questões sobre a dignidade e o respeito no local de trabalho.

As alegações contra Skip Bayless ecoam o que se observa em várias outras esferas do entretenimento e das mídias esportivas, em que o abuso de poder e as dinâmicas de gênero prejudiciais parecem prevalecer. Diante desse cenário, é essencial que tanto as empresas quanto a sociedade como um todo se mobilizem para criar ambientes de trabalho mais seguros e respeitosos, onde o assédio seja fortemente reprimido e os direitos dos trabalhadores sejam respeitados e garantidos.

A Fox Sports, em resposta às alegações, afirmou que leva as acusações a sério, mas não fez mais comentários devido ao processo em andamento. Enquanto o caso avança, ele reforça a necessidade urgente de discussões abertas sobre assédio sexual e a criação de políticas eficazes para proteger os trabalhadores em todos os setores.

Skip Bayless

Skip Bayless, comentarista esportivo e personalidade de televisão, posando para um retrato em Los Angeles, Califórnia, em 4 de outubro de 2024.Foto por Ian Maddox para The Washington Post via Getty Images

“`

Similar Posts

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *