Na tarde de segunda-feira, o Secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, em sua visita a Seul, coreou um aviso profundo sobre a crescente aliança militar entre Rússia e Coreia do Norte. O alerta veio em um contexto onde, segundo informações, a Coreia do Norte teria enviando tropas para apoiar o esforço militar da Rússia na Ucrânia. Blink falou enfaticamente que a Rússia pode estar prestes a compartilhar tecnologia avançada de satélites com o regime de Kim Jong-un, levantando preocupações sobre o potencial desenvolvimento militar de Pyongyang.
“A República Popular Democrática da Coreia (RPDC) já está recebendo equipamentos e treinamentos militares russos. Agora, temos razões para acreditar que Moscovo pretende compartilhar tecnologia espacial e de satélites avançados com Pyongyang”, disse Blinken, referindo-se à Coreia do Norte por seu nome oficial. Essa declaração foi feita em um momento tenso, pois a Coreia do Norte, aparentemente, testou mísseis balísticos de médio alcance em águas da costa leste da península coreana, conforme relatado pelo Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul.
O topo diplomata dos EUA também reafirmou um aviso anterior da Embaixadora dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas, que sugeria que o presidente russo, Vladimir Putin, poderia estar se aproximando da aceitação do programa de armas nucleares da Coreia do Norte. Isso representaria uma reviravolta preocupante na posição dos EUA, que há décadas defendem a desnuclearização da península coreana. A crescente colaboração militar entre Pyongyang e Moscou, desde o pacto de defesa assinado entre Kim e Putin em junho do ano passado, tem levado a uma escalada significativa nas tensões internacionais.
A situação desperta inquietações nas esferas de segurança dos Estados Unidos e de seus aliados, especialmente considerando que os investimentos na assistência militar da Coreia do Norte a Moscou parecem ir além dos simples envios de tropas. Várias fontes de inteligência ocidentais têm documentado a passagem de munições e outros armamentos de Pyongyang para a Rússia, embora ambas as nações tenham negado repetidamente esses intercâmbios. Contudo, relatos da agência de segurança da Coreia do Sul apresentam informações de que as tropas norte-coreanas têm, de fato, se juntado às fileiras russas na guerra contra a Ucrânia.
Em uma indicação das intenções dos dois regimes, o Ministro da Defesa sul-coreano, Kim Yong Hyun, declarou na sede do Pentágono que a Coreia do Norte provavelmente solicitará transferências de tecnologia russa que englobam armas nucleares táticas, avanços em mísseis balísticos intercontinentais e desenvolvimento de submarinos nucleares, em troca do envio de tropas para ajudar a Rússia.
A situação no campo de batalha da Ucrânia, especialmente na região de Kursk, continua a evoluir, com relatos de que até 11.000 soldados norte-coreanos estão agora engajados neste conflito. Além do mais, Blinken observou que mais de 1.000 soldados norte-coreanos foram mortos ou feridos na última semana de dezembro, uma informação corroborada pela Casa Branca. As consequências desta colusão militar entre Moscovo e Pyongyang não só indicam uma deterioração das normas internacionais, mas também fazem soar alarmes sobre a segurança no nordeste asiático.
As declarações de Zelensky, o presidente ucraniano, ressaltam a gravidade da situação, com informações que sugerem a presença de até 12.000 soldados norte-coreanos participando ativamente ao lado das forças russas. Zelensky tem enfatizado a necessidade de apoio militar contínuo dos EUA e de seus aliados ocidentais, clamor que continua a ser apoiado por presidente eleito Donald Trump, com quem Zelensky espera estabelecer uma linha direta de comunicação para resolver a crescente crise.
A confluência de interesses entre Putin e Kim no que diz respeito à continuidade de suas operações militares é um indicador de um novo alinhamento geopolítico que pode reverberar por todo o cenário internacional. Esse episódio faz parte de uma tendência mais ampla onde a Rússia tem buscado parcerias com estados ditatoriais, enquanto enfrenta a pressão das sanções e da condenação internacional pela sua invasão da Ucrânia.
Em conclusão, o que parecia um aviso simples agora se transforma em um alerta agudo sobre as repercussões de uma colaboração militar que pode vir a alterar o equilíbrio de forças na região e ao redor do mundo. O compartilhamento de tecnologia e equipamentos avançados entre Rússia e Coreia do Norte não só aceleraria a militarização do regime de Kim Jong-un, mas também possivelmente desestabilizaria a já tensa situação na península coreana, exigindo uma vigilância internacional ainda mais articulada e proativa.