O aclamado diretor Brady Corbet fez uma declaração tocante durante sua vitória como melhor diretor no Globo de Ouro, reconhecendo a dor de sua colega Aubrey Plaza pela perda de seu esposo, Jeff Baena, falecido aos 47 anos no dia 3 de janeiro. Com um discurso carregado de emoção, Corbet dedicou sua vitória a Plaza e à família de Baena, afirmando: “Finalmente, esta noite meu coração está com Aubrey Plaza e a família de Jeff.” Este ato de solidariedade capturou a atenção de todos presentes, acrescentando um profundo significado à celebração do cinema no evento.
Aubrey Plaza, conhecida por seu trabalho em várias produções cinematográficas e televisivas, estava programada para apresentar um prêmio durante a cerimônia de 5 de janeiro no Beverly Hilton Hotel, em Los Angeles, mas optou por não comparecer devido à tragédia familiar. Plaza e Baena, que eram casados desde 2021, compartilhavam uma história de amor que, infelizmente, foi interrompida prematuramente. Nesse contexto, a presença de Corbet para homenagear Plaza foi vista como um gesto de empatia em um momento particularmente doloroso.
No restante de seu discurso, Corbet expressou sua gratidão à cerimônia, dizendo que a visibilidade dada ao seu filme “The Brutalist” era de “extraordinário significado para uma produção que, há poucos meses, tinha grandes desafios pela frente.” O diretor também fez questão de reconhecer o trabalho coletivo que sustentou seu projeto, revelando que “centenas de pessoas dedicadas trabalharam incansavelmente neste filme antes, durante e após sua realização.” Ele agradeceu especialmente aos colaboradores da 24, da Focus Features International, da CAA, do Post Office, do laboratório de cinema húngaro, da Kodak e da PhotoChem, repetindo que era impossível nominar todos em apenas 45 segundos, mas que sua gratidão se estendia a todos os envolvidos.
Corbet aninhou-se ainda mais na emoção ao mencionar sua própria família, incluindo sua mãe, sua coautora, coprodutora e esposa Mona Fastvold, juntamente com sua filha Ada. “Hoje, ela estava tão deslumbrante em seu vestido que estou pensando que esse fiasco em que todos nós nos metemos pode ter valido muito a pena. Eu te amo tanto, Ada James.” Este toque pessoal no discurso não só humaniza o cineasta, mas também revela a importância da família em sua vida e carreira.
Além de fazer um tributo a Plaza e a Baena, Corbet dedicou um momento para lembrar de sua perda pessoal, mencionando três pessoas que faleceram enquanto ele trabalhava no filme: seu avô James, seu irmão Jerry e seu amigo querido Kevin Turn, a quem sentiu falta todos os dias. Este momento comovente foi um lembrete de que por trás das luzes brilhantes de Hollywood, existem histórias de dor e resiliência.
A cerimônia do Globo de Ouro, que é um dos eventos mais aguardados durante a temporada de premiações, anunciou as indicações no dia 9 de dezembro, enquanto “Emilia Pérez” e a comédia da Hulu “The Bear” lideraram as categorias para filmes e televisões, respectivamente. Na categoria de melhor diretor, Corbet competiu com renomados cineastas como Jacques Audiard, Sean Baker, Edward Berger, Coralie Fargeat e Payal Kapadia, destacando o calibre dos talentos presentes neste ano.
Corbet, que anteriormente atuou em produções como “The Childhood of a Leader” e “Vox Lux”, tem estabelecido seu próprio nome na indústria cinematográfica com sua transição para a direção. Seu filme “The Brutalist” foca a vida de um arquiteto húngaro que emigra para os Estados Unidos após o Holocausto, e não só obteve várias indicações ao Globo de Ouro, como também impressionou críticos e audiências nas festivais ao longo do ano.
Os comentários de Corbet ecoaram uma mensagem de união e empatia que se destaca em tempos desafiadores, mostrando que, mesmo em meio à competição, os laços humanos e o apoio mútuo podem ser fundamentais. Com seu discurso, ele não apenas destacou seu trabalho, mas também rendeu homenagens significativas a quem está enfrentando a dor da perda, fornecendo a todos uma lição sobre compaixão, amor e comunidade na indústria do entretenimento.
Assim, o Globo de Ouro não é apenas uma celebração das conquistas no cinema, mas também um espaço para recordar que a vida continua a se desenrolar, com todos os seus altos e baixos, desafios e vitórias, e que mesmo em meio a essa grande celebração, a dor de perdas pessoais pode ser lembrada e honrada.
Com isso, a 82ª edição do Globo de Ouro deixa um legado que vai além das estatuetas, reforçando a necessidade de apoio mútuo e lembrança nas horas mais difíceis. A mistura de celebração com sensibilidade é o que caracteriza a verdadeira essência do cinema, um reflexo da vida, incluindo seus momentos mais desafiadores. As histórias continua a se desenrolar e a indústria cinematográfica permanece resiliente, assim como cada um de nós, em nossos próprios desafios.
