O último ano tem sido repleto de emoção e conquistas para Caitlin Clark, a estrela emergente do basquete feminino dos Estados Unidos. Neste mesmo período do ano passado, ela ainda estava focada em sua última temporada na Universidade de Iowa. Desde então, Clark vivenciou uma jornada notável, que incluiu a participação na final do campeonato nacional da NCAA, onde sua equipe não saiu vitoriosa, ser escolhida como a primeira seleção do draft da WNBA, além de ter sido aclamada como a Rookie do Ano e integrante do All-WNBA First Team. Essas conquistas não apenas solidificaram seu lugar na elite do basquete, mas também a tornaram uma figura central na nova era do esporte profissional feminino.
Recentemente, ao iniciar o ano de 2025, Clark teve a oportunidade de compartilhar suas experiências marcantes em uma entrevista no podcast “New Heights”, conduzido pelos irmãos da NFL, Jason e Travis Kelce. Quando questionada sobre o que sua temporada de estreia na WNBA significou para ela, a atleta não hesitou em descrever sua jornada como “transformadora”. “Tudo de uma maneira positiva. As coisas mudam muito rápido,” disse Clark, referindo-se ao impacto das mídias sociais em sua vida e carreira. “Isso é o que torna tudo divertido e o motivo pelo qual eu tive tantas oportunidades legais”, acrescentou, refletindo sobre a rápida ascensão à fama. Essa trajectória meteórica, inclusive, ganhou destaque em diversos meios de comunicação, onde Clark foi reconhecida como a “Atleta do Ano” pela revista Time.
A temporada de estreia de Clark com o Indiana Fever foi marcada por um desempenho histórico, que coincidiu com um aumento sem precedentes na cobertura da WNBA, resultando em recordes de audiência sendo quebrados continuamente. A liga registrou um aumento de 48% em sua frequência geral em relação ao ano anterior, um fenômeno que ficou conhecido como “O Efeito Caitlin Clark”. Este impacto significativo não apenas elevou o perfil da WNBA, mas também impulsionou diversos acordos comerciais em torno de Clark, que, segundo informações, assinou um contrato de oito anos com a Nike, no valor de 28 milhões de dólares, incluindo uma chuteira personalizada. No entanto, essa ascensão também trouxe críticas sobre como a sua raça poderia ter influenciado seu sucesso comercial, um debate que ilumina as complexidades enfrentadas por atletas negros em busca de reconhecimento e oportunidades em um espaço historicamente dominado por figuras brancas.
Enquanto se prepara para sua segunda temporada, a jovem de 22 anos revelou sua expectativa por um tempo maior de preparação, após uma intensa temporada de 2024. Clark contou que o ritmo frenético de sua transição do basquete universitário para a WNBA significava que ela mal teve tempo para se estabilizar após o draft, onde a mudança e a necessidade de se adaptar a um novo ambiente foram esmagadoras. “Eu joguei na final do campeonato nacional e basicamente fui direto para o draft e depois você só precisa arrumar as malas e se mudar,” explicou, destacando as dificuldades enfrentadas ao mudar de uma fase da vida para outra em um curto espaço de tempo.
Os irmãos Kelce, durante a conversa, notaram que seu treinamento de pré-temporada na NFL foi muito mais extenso do que a breve preparação de Clark antes do início de sua trajetória na WNBA, que se limitou a apenas uma semana e meia. Clark reconheceu que essa pressão poderia ter seus lados positivos, pois não havia tempo para pensar demais sobre os desafios. Apesar disso, ela expressou que ainda sentia que não havia realmente se despedido de sua vida universitária, apenas saiu repentinamente. A atleta também salientou a importância de uma pausa no meio da temporada, que coincidiu com os Jogos Olímpicos de Paris em 2024, permitindo-lhe recalibrar-se e se ajustar à nova cidade e à dinâmica com suas companheiras de equipe. Sua capacidade de formar laços com jogadoras mais experientes também foi essencial para navegar os primeiros meses na WNBA.
Clark abordou os desafios de ser uma jogadora altamente cotada, onde as expectativas em torno dela imediatamente aumentaram. “Você está tentando entender um novo ambiente, novos companheiros de equipe, não quer dizer muito, mas também não quer dizer pouco. Na minha situação – e na de vocês também – as pessoas já têm uma alta expectativa, como: ‘Seja algo, seja alguém’. Então é difícil, você está tentando colocar os pés no chão, mas também não fazer demais,” revelou Clark, uma demonstração clara da pressão que jogadores jovens enfrentam em seu crescimento profissional.
Durante a conversa, Clark e os irmãos Kelce também destacaram suas raízes no Meio-Oeste dos Estados Unidos, com a atleta sendo originária de Iowa, enquanto os irmãos são de Ohio. Eles descobriram um vínculo não apenas por sua origem, mas também pela paixão comum pelo futebol americano. Em meio a descontração, Clark compartilhou sua longa história de apoio ao Kansas City Chiefs, especialmente considerando que Travis Kelce jogou durante toda a sua carreira na NFL por esta equipe. Embora a popularidade dos Chiefs tenha disparado, especialmente após suas recentes vitórias no Super Bowl, Clark se defendeu de acusações de** “torcedora de ocasião”, explicando que sua ligação com o time é genuína. “Meu pai era um grande fã dos Chiefs. As pessoas pensam que estou apenas na onda da popularidade,” disse, enfatizando que apoio os Chiefs há muito tempo.
Além disso, a paixão de Clark pela música de Taylor Swift também se destacou na conversa. A jovem atenciosa mencionou que participou de vários shows da turnê “Eras” da artista, e agora até conseguiu converter sua mãe em uma fã. O entusiasmo de Clark por Swift foi contagiante, com a jovem compartilhando como sua mãe estava ansiosa para participar dos shows. “Minha mãe estava implorando para eu levá-la. Ela disse: ‘Eu preciso ir. Todo mundo está falando sobre isso’”. Essas trocas leves misturadas com momentos mais introspectivos delinearam um retrato fascinante da vida e carreira de Caitlin Clark, que, sem dúvida, continuará a se destacar nos holofotes do esporte e da cultura pop.
Com sua notável primeira temporada e uma intensa conexão com a cultura contemporânea, Caitlin Clark provou que, além de ser uma jogadora de elite, ela também é um ícone em evolução, capaz de inspirar uma nova geração de atletas e fãs.