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Hong Kong
CNN
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A crescente rivalidade tecnológica entre China e Estados Unidos ganhou um novo capítulo com o anúncio da proposta da China de restringir a exportação de tecnologias essenciais para a extração de minerais fundamentais para o crescimento da indústria global de veículos elétricos (EV). Com a proximidade da posse do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, as tensões entre as duas nações parecem se intensificar, refletindo um cenário em que o domínio tecnológico é crucial tanto para a segurança econômica quanto para a inovação.

Especificamente, a China está considerando incluir a tecnologia de cátodo de bateria em sua lista de exportações controladas, de acordo com um aviso divulgado pelo Ministério do Comércio. Além disso, a proposta inclui restrições referentes à produção de lítio e galium, substâncias que desempenham um papel crucial na fabricação de baterias de veículos elétricos e semicondutores.

Se a proposta for aprovada, o que parece provável, essas novas adições formariam uma nova rodada de controles de exportação por parte da China sobre uma série de materiais críticos e as tecnologias necessárias para sua produção. Essa mudança é vista como uma tentativa de consolidar o poder da China no mercado global de processamento de lítio, onde atualmente detém uma impressionante participação de 70%.

Segundo o agência de notícias Xinhua, o objetivo da medida é “fortalecer a gestão de importação e exportação de tecnologia.” O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning, não hesitou em afirmar em uma coletiva de imprensa que a China adota medidas de controle de exportação de forma justa e não discriminatória.

Vale lembrar que esse anúncio ocorre um mês após o governo chinês proibiu a venda de vários materiais essenciais para a produção de semicondutores, incluindo galium, germanium e antimonio, para os EUA. Essa proibição foi uma resposta às novas restrições de exportação impostas pela administração Biden, acirrando ainda mais as tensões comerciais entre as duas potências.

Adam Webb, chefe de materiais-prima para baterias na consultoria Benchmark Mineral Intelligence, comentou que a proposta está alinhada com o interesse da China em manter sua hegemonia no processamento de lítio, essencial para a produção de baterias de EV e outros dispositivos eletrônicos.

A China se destaca na indústria global de materiais como o galium, um metal usado na fabricação de chips de frequências de rádio para comunicação móvel e satelital. O lítio, presente em inúmeros gadgets do cotidiano, é um elemento crucial na produção de baterias, desde smartphones a veículos elétricos, sendo uma necessidade em um mercado que cresce exponencialmente.

A worker transports parts to the assembly line of electric cars at a Leap Motors plant in Jinhua in east China's Zhejiang province on November 26, 2024.

As expectativas são de que a demanda global por baterias de íon de lítio aumente drasticamente nos próximos dez anos. A McKinsey estimou que a necessidade de gigawatts-hora, que era de cerca de 700 em 2022, poderá atingir impressionantes 4.700 até 2030. Isso reflete a crescente procura por veículos elétricos e a urgência em atender essa demanda crescente.

Em um movimento separado, o Ministério do Comércio da China adicionou 28 empresas e entidades norte-americanas à sua lista de controle de exportação, incluindo grandes contratantes de defesa como Lockheed Martin e Raytheon Missiles & Defense. Essa lista, que regula a venda de tecnologia de duplo uso, foi introduzida em novembro e é inspirada na “Entity List” do Departamento de Comércio dos EUA, demonstrando um cenário cada vez mais tenso no comércio internacional de tecnologia.

O que fica claro é que a disputa tecnológica entre China e Estados Unidos está longe de se resolver. As novas restrições de exportação podem não apenas impactar as economias de ambos os países, mas também têm potencial para remodelar completamente o panorama da indústria de veículos elétricos, alterando a dinâmica de fornecedores e fabricantes em todo o mundo. Nesse contexto, os próximos passos de ambos os países serão observados com grande atenção pela comunidade internacional.

CNN’s Fred He contributed reporting.

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