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Washington
CNN
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Na última sexta-feira, o presidente Joe Biden não hesitou em expressar sua indignação em relação à escolha da Meta, controladora do Facebook, de eliminar os verificadores de fatos de sua plataforma. Durante uma ampla sessão de perguntas e respostas após um discurso focado na economia, Biden descreveu a decisão como “realmente vergonhosa”. A mudança foi anunciada pelo CEO Mark Zuckerberg e marca uma transformação significativa na abordagem da empresa quanto ao combate à desinformação.
A aparição de Biden na Sala Roosevelt serviu como uma oportunidade não apenas para celebrar os resultados mais recentes do emprego, que mostram quatro anos consecutivos de crescimento sob sua administração, mas também para abordar questões cruciais, como a eliminação das verificações de fatos pela Meta, seus planos após o término do mandato, novas sanções contra a Rússia, possíveis pardons que ele pode conceder antes do final do seu período de serviço, e a campanha presidencial da vice-presidente Kamala Harris.
Durante a sessão, um repórter perguntou a Biden sobre as mudanças no processo de verificação de fatos da Meta, que foram proclamadas pela primeira vez em um tempo tenso em Washington sob a presidência do então presidente Donald Trump. A decisão de Zuckerberg e de sua companhia foi interpretada por muitos, incluindo a casa branca, como uma ação que pode favorecer a disseminação de informações enganosas, especialmente em um contexto em que críticos da plataforma acusaram a Meta de censurar vozes conservadoras. Ao comentar sobre o impacto desta nova política, Biden enfatizou a gravidade da situação: “A ideia de que um bilionário pode comprar uma plataforma e simplesmente decidir que não vamos fazer mais verificação de fatos é alarmante. Quando você tem milhões de pessoas consumindo esse conteúdo, eu considero isso realmente vergonhoso”, partilhou o presidente.
A mudança na moderação de conteúdo representa um contraste surpreendente com os esforços anteriores da Meta, que desde 2016 implementou um programa independente de verificação de fatos para combater a desinformação crescente em suas plataformas. Essa mudança estratégica ocorre em meio a um cenário onde, nos últimos anos, a empresa lutou para controlar a disseminação de conteúdo controverso, incluindo desinformação relacionada a eleições, teorias anti-vacinação, violência e discursos de ódio.
Agora, Zuckerberg parece seguir o exemplo de outros líderes das mídias sociais, como Elon Musk, que em 2022, após sua aquisição do Twitter – agora chamado X, desmantelou as equipes de verificação de fatos da plataforma e permitiu que conteúdos gerados por usuários, chamados de “notas comunitárias”, fossem a única alternativa para correção de alegações falsas. Em um comunicado, Zuckerberg mencionou que os verificadores de fatos tinham demonstrado um viés político excessivo, argumentando que isso havia destruído mais confiança do que criado.
Biden observa Trump antes de tomar decisões sobre perdões
A discussão com a imprensa também abordou os planos de Biden para possíveis perdões nos dias finais de sua presidência. Ele relutou em compartilhar detalhes específicos, afirmando que está observando as ações de Trump para determinar se o ex-presidente pode “punir pessoas” ao reassumir a presidência, o que poderia afetar suas decisões sobre anistias. “Vai depender da linguagem e das expectativas que Trump manifestar nos últimos dias”, declarou Biden. “A ideia de que ele puniria pessoas por não aderirem ao que ele considera ser a política é absurda”, ele completou com um tom assertivo.
A questão dos perdões se torna ainda mais complexa considerando os rumores sobre ações de Trump em relação a aliados e adversários políticos. Embora Biden tenha dado algumas indicações de que está considerando a possibilidade de conceder algumas anistias, ele não mencionou nomes específicos e respondeu a perguntas sobre se ele ou sua família poderiam requerer perdões com surpresa, afirmando, “Para que eu me perdoaria?” mantendo uma postura firme de que não havia feito nada de errado.
Além de abordar sua posição sobre possíveis perdões, Biden também refletiu sobre as eleições passadas. Em uma afirmação confiante, o presidente expressou que acreditava ter a capacidade de vencer Trump nas eleições de 2024, assim como a vice-presidente Kamala Harris teria condições de fazê-lo. Segundo ele, sua decisão de não buscar a reeleição se baseou na necessidade de manter a unidade dentro do partido. “Não queria ser a causa da divisão do partido”, relatou Biden, reafirmando a habilidade de Harris em liderar uma campanha vencedora, se assim o decidisse.
Biden não comenta sobre novas investigações do fenômeno Havana
Em meio a uma variedade de tópicos abordados, Biden também foi questionado sobre novas informações relacionadas à síndrome de Havana, uma síndrome misteriosa que afetou diplomatas e militares americanos. O presidente se absteve de entrar em detalhes, lamentando não ter informações completas e especificando que não se sentia à vontade para comentar sobre uma situação tão delicada.
Para finalizar, quando perguntado se planejava se manter ativo na política após deixar a presidência, Biden respondeu com determinação que não estaria “fora de vista ou fora da mente”, evidenciando que sua jornada política não acabaria após este mandato.
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