Yvette Anderson, enfermeira do VA Medical Center de West Los Angeles e residente por mais de 28 anos em Altadena, Kalifórnia, vivenciou uma experiência devastadora quando foi forçada a evacuar sua casa devido ao incêndio Eaton, que se alastrou rapidamente, consumindo tudo em seu caminho. As chamas começaram a devastar a região na terça-feira, 7 de janeiro, mas até aquele momento, Anderson não imaginava que sua casa estivesse em risco. “Disseram que havia um incêndio em Eaton Canyon”, relembra Yvette em entrevista à revista PEOPLE. “Quando soube onde era, pensei ‘Oh, isso não está perto da minha casa. Acho que estou bem. Estamos seguros’, mas a realidade mudaria rapidamente nas horas seguintes.
À medida que as chamas avançavam, Anderson, junto de sua mãe, namorado e outro membro da família, teve que deixar seu lar em Altadena por conta do avanço do incêndio Eaton, que já havia causado a morte de pelo menos duas pessoas e queimado cerca de 11.000 acres, de acordo com informações do Cal Fire. Quando voltou para seu bairro na manhã da quinta-feira, 9 de janeiro, a enfermeira se deparou com a triste realidade: sua casa havia sido completamente consumida pelas chamas.
Após a devastação, Yvette confidenciou: “Sinto-me ferida. Mas sou grata porque estamos todos vivos. Conseguimos sair.” Sua fuga começou na madrugada de quarta-feira, quando, depois de voltar do trabalho e perceber o forte cheiro de fumaça, não hesitou em agir. “Às 2 da manhã, olhei pela janela e tirei uma foto da fumaça se aproximando. Então, às 4 da manhã, meu telefone começou a tocar incessantemente com mensagens pedindo para evacuar. Juntei algumas coisas e, assim que minha mãe e todos nós pegamos nossos pertences, saímos de casa.
A família dirigiu até um estacionamento em South Pasadena, onde outras pessoas também se reuniram em busca de segurança. Graças a alguns amigos que estavam em contato com ela, Anderson recebeu a notícia de que sua casa havia sido destruída. “Perdemos nossa casa porque os ventos estavam muito fortes quando saímos às 4 da manhã”, revelou. Ao retornar ao bairro, Yvette viu ainda fumaça e algumas chamas. “Eles bloquearam várias áreas, e você ouvia as sirenes dos bombeiros e a presença de muitos policiais e pessoas tentando controlar a situação”, disse.
Com a dor da perda, Anderson relembra os bons momentos que viveu naquela vizinhança. “É um lugar adorável. Todos são amáveis e tranquilos. Você gostaria de criar seus filhos aqui. É uma área carinhosa para crescer”, comentou saudosa. Mas ao retornar, a triste realidade era que “a vizinhança se foi”, desabafou Yvette, que se deparou com o que restou da sua vida anterior.
Atualmente, Anderson está lidando com questões de seguro e buscando assistência da FEMA e da Cruz Vermelha, enquanto um amigo criou uma vaquinha virtual em seu nome para ajudá-la nesta fase difícil. Ela expressou sua determinação em permanecer em Altadena e reconstruir a sua vida. “Sou muito grata por ter pessoas solidárias ao meu redor neste momento”, disse emocionada. Este drama revela não apenas a vulnerabilidade diante de desastres naturais, mas também a solidariedade e a força da comunidade, que se uniu em apoio à enfermeira que tantas vidas salvou ao longo de sua carreira.
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