A jornada surpreendente de Zoe Gardner-Lawson, uma mãe de três filhos de Bracknell, na Inglaterra, revelou-se uma experiência desgastante e, ao mesmo tempo, inspiradora. Ela estava convencida de que os sintomas que apresentava eram apenas uma infecção urinária comum, mas a realidade era muito mais séria: um câncer de cólon em estágio 4.

Zoe, que tem 36 anos, começou a sentir dores nas costas em agosto de 2024. A princípio, ela não dava muita atenção ao desconforto, mas, quando procurou um médico, sua condição foi diagnosticada como uma infecção urinária, e recebeu uma receita de antibióticos. Contudo, após três doses do tratamento, não houve melhora na situação. Em vez de sentir alívio, Zoe relatou que a dor estava se espalhando, afetando sua parte abdominal, e sua saúde rapidamente se deteriorava. “Eu estava praticamente de cama – me sentia tão mal,” declarou à South West News Service, conforme veiculado pelo The Daily Mail, refletindo a gravidade da situação que enfrentava.

Diante do agravamento dos sintomas, em setembro, Gardner-Lawson decidiu ir ao hospital. Inicialmente, os exames realizados levaram os médicos a acreditarem que se tratava de pedras nos rins. Porém, um cirurgião notou a possibilidade de acúmulo de líquido em seu abdômen. Nesse momento angustiante, Zoe insistiu para que realizassem uma tomografia computadorizada de corpo inteiro, uma decisão que poderia alterar o curso de sua vida. O resultado do exame revelou a presença de um tumor de 5 cm no cólon, resultando em um diagnóstico devastador: câncer de cólon em estágio quatro, em 30 de setembro.

Poucos dias depois, em 3 de outubro, Zoe passou por uma cirurgia de quatro horas para remover o tumor. Atualmente, ela está em tratamento de quimioterapia e revelou que, caso tudo permaneça bem, precisará passar por uma segunda cirurgia para a remoção de linfonodos abdominais restantes e duas tumores em seu fígado. Apesar do abalo emocional que essa nova realidade trouxe, Zoe recebeu um consolador prognóstico médico. “Sou jovem o suficiente para que não considerem isso um diagnóstico terminal até agora. Se tudo correr bem, ainda tenho chances de alcançar um status de ‘não evidência de doença’, mas tudo depende dos próximos anos,” explicou.

Para financiar seu tratamento, sua família colocou em andamento uma campanha de arrecadação na plataforma GoFundMe, alertando que o tipo de câncer que Zoe enfrenta é particularmente agressivo e tende a não responder bem aos tratamentos padrão. Além disso, ela tem utilizado suas redes sociais, especialmente o Instagram, para compartilhar sua trajetória e as dificuldades que enfrenta, usando o perfil @cancer_is_a_pain_in_the_butt como plataforma de conscientização e apoio.

Zoe sempre se considerou uma pessoa ativa e saudável, e agora deseja utilizar sua experiência para sensibilizar sobre a importância de revisões mais precoces para câncer de cólon. Ela critica o fato de que a idade mínima para triagem de câncer colo-rectal no Reino Unido ainda seja de 60 anos e propõe que esse limite seja reduzido a pelo menos 30 anos. “Se minha doença tivesse sido diagnosticada mais cedo, teria sido mais fácil de tratar,” lamentou. A experiência de vida que Zoe está compartilhando, refletindo os desafios da vida com doença grave, visa encorajar outras pessoas a não ignorar os sinais do corpo e a buscar atenção médica antes que seja tarde demais.

Em um mundo onde muitas vezes se sente uma pressa incessante com as responsabilidades do dia a dia, a história de Zoe é um lembrete poderoso da importância de priorizar a saúde e a necessidade de estar sempre atento às mudanças no corpo, mesmo nas circunstâncias mais desafiadoras. Seu otimismo e determinação em superar os obstáculos são um farol de esperança não só para ela, mas também para todos aqueles que enfrentam situações semelhantes. Na luta contra o câncer, a força e a resiliência humana podem ser as armas mais poderosas.

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