Em uma noite tensa em Pasadena, o oncologista médico Dr. Ravi Salgia e sua família se viram em uma situação de emergência quando foram forçados a evacuar sua casa devido a um incêndio que se alastrava rapidamente. O drama começou quando Deborah, sua esposa, notou uma intensa luz avermelhada no quintal e, ao investigar, descobriu que o incêndio estava se aproximando de sua residência. A previsão do tempo indicava ventos de quase 160 km/h, o que aumentava ainda mais a ameaça aos lares da região. Sem tempo para preparar suas coisas, a família deixou tudo para trás, levando apenas documentos essenciais como passaportes e certificados de casamento. Essa decisão rápida e precisa acabou salvando a vida deles.
O Dr. Salgia explica o quão crucial foi a ação rápida de sua esposa: “Se minha esposa não tivesse ido ao quintal, acho que teríamos perdido tudo. Realmente acredito nisso.” Em uma questão de minutos, a família foi separada em três carros, mantendo contato via celular, lutando contra a incerteza e o medo que permeavam aquele momento. “Não sabíamos se nossa casa ia queimar”, lembra ele. Com a estrada congestionada pela queda de árvores e a emergência em crescimento, eles se encontraram em um hotel na cidade vizinha de Arcadia, onde puderam elaborar um plano para a noite.
Quando a noite avançou, a preocupação do Dr. Salgia começou a se direcionar não somente a sua própria família, mas também aos pacientes que dependiam dos cuidados na City of Hope, um centro oncológico renomado. Às 2:30 da manhã, após receber uma mensagem sobre uma reunião de emergência no hospital, ele decidiu partir para o local, enfatizando: “Precisamos garantir que nossos pacientes estejam seguros.” Para sua surpresa e alegria, sua esposa Deborah e sua filha Sabrina, uma estudante de medicina, decidiram segui-lo, reafirmando a importância da família na superação de crises. Notando a presença delas, ele ficou emocionado: “Elas disseram: ‘Pai, não vamos deixar você’.”
A chegada deles ao hospital não foi apenas uma demonstração de amor, mas também de colaboração em um momento crítico. Deborah, que havia se aposentado de seu trabalho como conselheira de luto, e Sabrina, que tinha experiência como terapeuta ocupacional, imediatamente se engajaram para ajudar os pacientes enquanto o Dr. Salgia se dirigia à parte superior do hospital. Ele menciona que, com o apoio da equipe enfermeira, a prioridade era cuidar dos pacientes e tomar decisões rápidas sobre possíveis evacuações. “Eu me reuni com as enfermeiras e disse: ‘Vamos cuidar de nossos pacientes e ver quem precisa ser liberado para evitar a evacuação.’,” lembra ele.
Enquanto a equipe se mobilizava, Dr. Salgia observou a situação do incêndio se aproximar pela janela. Apesar da ameaça, ele se mostrou otimista, alegando ter fé em algo maior e na força de sua família. Ele comentou que, independente do que acontecesse com sua casa, o verdadeiro triunfo era o valor da união familiar em face da adversidade: “Cuidamos uns dos outros, o que é o mais importante. Não importando se perdemos tudo, o que realmente valorizamos é a vida, e queremos garantir que ninguém se machuque.”
Com a situação se desdobrando ao longo da semana, Salgia tem se dedicado inteiramente ao hospital, mas ainda não pôde retornar a sua casa para verificar os danos. Imagens de satélite enviadas por amigos sugerem que a residência pode ter sobrevivido aos incêndios, um milagre atribuído, em parte, ao novo telhado à prova de fogo que a esposa insistiu em instalar um mês antes da crise. “Estou sendo cautelosamente otimista. Não sabemos ao certo, mas se isso for verdade, é um verdadeiro milagre”, finalizou Dr. Salgia.
A situação enfrentada pela família Salgia serve como um lembrete do amor e resiliência que surgem em tempos de crise. O Dr. Salgia entende que o processo de cura será longo, mas acredita que o aprendizado e o apoio mútuo serão fundamentais para superar o que está por vir. Ele se despediu com uma sábia reflexão: “Aprendemos que juntos sobrevivemos melhor do que individualmente.”
