No emocionante cenário das bilheteiras japonesas, o filme live-action baseado no famoso mangá Cells at Work! (Hataraku Saibō!!) de Akane Shimizu, segue firme na liderança pelo terceiro final de semana consecutivo. Com o público encantado pela representação das células humanas em ação, o filme vendeu 427.000 ingressos no período de 27 a 29 de dezembro, gerando uma arrecadação impressionante de 580.823.790 ienes, equivalente a aproximadamente 3,68 milhões de dólares americanos. Desde sua estreia em 13 de dezembro, a produção já vendeu um total de 2,02 milhões de ingressos e acumulou uma impressionante receita de 2.737.450.780 ienes, ou cerca de 17,34 milhões de dólares americanos.
O longa-metragem, que abriu em primeiro lugar nas bilheteiras japonesas, teve um início avassalador, vendendo 612.000 ingressos e gerando uma receita total de 844.768.310 ienes (cerca de 5,49 milhões de dólares) nos três primeiros dias. O sucesso é um testemunho da popularidade perene do mangá e da animação, além de destacar o interesse do público por produções que transcendam o mundo digital e explorem novas dimensões no cinema. Este sucesso se deve, em grande parte, à direção de Hideki Takeuchi, conhecido por trabalhos anteriores em adaptações como Nodame Cantabile e Fly Me to Saitama, e ao roteiro de Yūichi Tokunaga, que já se destacou em produções de grande repercussão.
O filme oferece ao espectador uma experiência única, realçada pelas exibições em 4D e IMAX disponíveis no Japão, permitindo que o público sinta uma imersão total nas aventuras das células que trabalham arduamente para manter o corpo humano saudável. A trilha sonora também merece destaque, com a famosa banda HiGE DANdism interpretando o tema “50%”, que certamente ressoou com os fãs.
Além de “Cells at Work!”, o final de semana também viu a estreia de outros filmes animados e live-action que fizeram sua marca nas bilheteiras. Entre eles, destaca-se o Gekijо̄-ban Nintama Rantaro Dokutake Ninja-tai Saikyо̄ no Gunshi, que entrou para o ranking na quarta posição, arrecadando 197.462.140 ienes e acumulando um total de 634.742.490 ienes. Este filme, que marca o retorno do universo dos ninjas ao cinema após 13 anos, é uma adaptação do romance de Kazuhisa Sakaguchi, apresentando novos personagens e histórias que fascinavam os fãs da série. A presença de vozes conhecidas, como as de Yasuhiro Mamiya, ajudou a trazer à vida um legado que é apreciado por jovens e adultos.
Ainda no campo das animações, o Saint Oniisan (Saint Young Men) foi outro destaque, permanecendo na sexta posição e conquistando 120.331.800 ienes em sua segunda semana, após ter estreado no dia 20 de dezembro. O filme traz uma premise inusitada, imaginando as aventuras de Buda e Jesus dividindo um apartamento em Tóquio. Esta abordagem cômica, constraindo-se em situações cotidianas, ressoa com o público que busca uma mistura de humor e crítica social nas telas.
O universo de adaptações de mangás também traz, no oitavo lugar, o filme da série Oshi no Ko, que caiu uma posição na bilheteira, mas ainda assim conquistou um expressivo total de 286.755.000 ienes. Com a popularidade crescente da série original, a transição das telinhas para o cinema só enfatiza a conexão emocional que os espectadores estabelecem com as histórias e personagens.
Por fim, em sua estreia, Sonic the Hedgehog 3 fez sua marca com a nona posição, arrecadando 69.510.290 ienes em seus primeiros três dias. Este filme, que já conquistou o público na América, com números impressionantes nas bilheteiras, agora tenta ganhar o coração dos espectadores japoneses com uma nova história e a adição de personagens interessantes, como Shadow, interpretado por Keanu Reeves.
Essa diversificação no cinema japonês demonstra a habilidade de integrar elementos do lúdico ao cotidiano, sempre com um toque de humor e criatividade. À medida que o ano avança, todos os olhos estarão voltados para essas produções, esperando que continuem a surpreender e a entreter com narrativas que ressoem com a audiência contemporânea. A força das animações e live-actions não é apenas um testemunho da narrativa poderosa que elas oferecem, mas também da forma como elas conseguem cativar gerações de fãs, unindo memórias afetivas e desenvolvimento artístico.
Fontes: Kōgyō Tsūshin, comScore via KOFIC
