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Florence Pugh, a renomada atriz britânica, compartilhou suas experiências profundas e emocionais em relação ao seu papel como Dani no aclamado filme de terror “Midsommar”, lançado em 2019. Durante uma aparição no podcast “Reign with Josh Smith”, Pugh revelou que o impacto do papel a deixou “quebrada por um bom tempo” e mencionou que sentiu como se tivesse se “maltratado” durante a preparação e a execução do personagem.
No filme, Pugh retrata Dani, uma estudante de pós-graduação que, após uma tragédia pessoal, se junta ao namorado em uma jornada a uma remota comunidade na Suécia para participar de um festival que ocorre a cada 90 anos durante o solstício de verão. À medida que a narrativa se desenrola, rituais pagãos e horrores cultuais começam a emergir, desafiando qualquer expectativa do que poderia aparecer em uma festividade aparentemente amigável e alegre.
Pugh enfatizou a complexidade emocional envolvida em interpretar um papel tão desgastante. Ela expressou que, para ela, a proteção emocional tornou-se uma prioridade. “Proteger-me é algo que tive que aprender a fazer”, disse ela, refletindo sobre a necessidade de autocuidado em uma profissão que muitas vezes exige o extremo. Este dilema é comum entre atores que se entregam totalmente às suas performances, e que muitas vezes precisam lidar com as consequências emocionais disso.
Embora atualmente Pugh esteja em uma nova fase de sua carreira, estrelando o drama romântico “We Live in Time” ao lado de Andrew Garfield, os ecos de “Midsommar” ainda ressoam intensamente em sua memória. A atriz afirma que algumas interpretações podem exigir que ela dê “demais de si mesma”, o que inevitavelmente a deixa sentindo-se desgastada. Assim, a experiência de filmar “Midsommar” não a deixou apenas com uma performance aclamada, mas também com aprendizados importantes sobre seus próprios limites.
Como Pugh relembra, preparar-se para seu papel em “Midsommar” exigiu um mergulho profundo em emoções extremas. Para capturar a dor e a perda que seu personagem sofre, Pugh admitiu que teve que imaginar cenários terríveis, incluindo pensar em membros da família em caixões, uma prática que a deixou em estado de hiperventilação. Não é nenhuma surpresa que esse tipo de entrega total à atuação a tenha levado a reflexões profundas sobre a necessidade de não se autodestruir no processo de criação artística.
Em seu relato, Pugh também reconheceu que é crucial aprender a recuar após experiências tão intensas e desafiadoras, afirmando: “A natureza de descobrir essas coisas é que você precisa entender que não pode fazer isso de novo porque foi demais.” Essa sabedoria auto-observadora é fundamental para artistas que navegam nas compensações da vida profissional.
Apesar da jornada emocional extenuante que “Midsommar” a levou a, Pugh expressou seu orgulho pelo trabalho feito e pelos frutos artísticos que vieram de sua experiência. O filme conquistou o reconhecimento da crítica e se tornou um sucesso de bilheteira, o que deixa claro que os desafios enfrentados pela atriz foram, de fato, em última análise, gratificantes. “Estou realmente orgulhosa do que fiz e do que saiu de mim, então não me arrependo”, resumiu a atriz, iluminando a resiliência que ela traz consigo em sua carreira.