Com a arte de criar séries de televisão que prendem o público, surge Going Dutch, com a missão de entreter e provocar risadas, porém, a crítica já aponta que a comédia militar da Fox pode estar precisando de um treinamento básico extra. A série, que estreou no dia 2 de janeiro, apresenta um elenco de peso liderado por Denis Leary e Danny Pudi, oferecendo uma premissa intrigante, mas sem alcançar a profundidade e o humor desejado.
A trama acompanha o coronel Patrick Quinn, interpretado por Denis Leary, um militar condecorado que, após uma explosão de raiva durante uma apresentação, recebe a “honra” de comandar a base militar mais insignificante do mundo, localizada em Stroopsdorf, na Holanda. O que poderia ser uma ascensão na carreira rapidamente se transforma em um castigo. A base, descrita como uma “terra de misfits”, é composta por indivíduos pouco treinados e desmotivados, incluindo um técnico de TI desleixado e um membro de um programa de recuperação de tropas.
O que se destaca em Going Dutch é a relação entre os personagens, especialmente entre Quinn e sua filha, Maggie Quinn, que trabalha como capitã na mesma base. O cenário de uma unidade militar que se apresenta como uma comédia sobre a vida militar mal direcionada pode trazer situações constrangedoras e divertidas.
Perspectivas a longo prazo: O crítico elogia a mistura imprecisa dos elementos da comédia, destacando a falta de intensidade cômica e de personagens bem desenvolvidos. Mesmo embora Going Dutch pareça ter todo o potencial para se tornar um sucesso, considerando a força do elenco e a visão de seu criador, ainda é necessário mais ousadia para conquistar o público.
Em um gênero saturado de comédias que tentam reimaginar a vida militar, Joel Church-Cooper, criador da série e também conhecido por seu trabalho em Brockmire, traz seu estilo característico, mas não à altura. É difícil não fazer comparações com sucessos anteriores, onde o público já está acostumado a uma crítica sagaz e um humor provocador. Se a série almeja esse modelo, a execução parece aquém das expectativas.
Ao longo da crítica, observa-se que poderia haver uma abordagem mais ousada quanto ao uso de palavreado e uma maior profundidade nas anedotas sobre os desafios enfrentados pelos militares despreparados. O que pode soar como um conceito interessante nas páginas do roteiro se transforma em uma versão suavizada do que deveria ser uma produção mais impactante.
Por fim, Going Dutch ainda pode ter futuro e é bem-vinda a levar uma nova vida no formato de via streaming ou através de emissões em vésperas de feriados, onde a capacidade de reduzir a duração dos episódios poderia ajudar a aprimorar a narrativa e capturar a essência da comédia desejada. O caminho ainda é longo, mas o potencial está à frente e aguarda por sua ascensão.