A história foi feita no último domingo, quando o golfista japonês Hideki Matsuyama fez uma apresentação brilhante no torneio The Sentry, realizado em Kapalua, no Havai. Ao longo de quatro rodadas, Matsuyama conseguiu um impressionante total de 35 abaixo do par, estabelecendo o recorde de menor pontuação em 72 buracos na história da PGA Tour. Isso não só lhe rendeu a vitória no evento, como também o colocou no livro das melhores performances do golfe.
O feito de Matsuyama não foi apenas uma vitória pessoal, mas uma superação do recorde anterior de 34 abaixo do par, conquistado por Cameron Smith durante o mesmo torneio em 2022. O atleta japonês terminou com uma vantagem de três tacadas sobre o norte-americano Collin Morikawa, marcando assim o 11º título de sua carreira, um número que certamente o coloca entre os grandes do golfe mundial.
O momento decisivo ocorreu no buraco final, quando Matsuyama acertou um birdie, confirmando sua vitória com uma rodada final de 65 tacadas, oito abaixo do par. Em uma coletiva de imprensa, o campeão reconheceu a pressão do momento e a incerteza que o acompanhou. “Pensei (no recorde) que poderia ser 34 ou 35, não tinha certeza, mas achei: ‘Se eu estiver pensando assim, provavelmente não vai entrar’”, afirmou o jogador, comentando sobre a tensão da rodada final. A alegria de ver a bola entrar no buraco no final da rodada era evidente em suas palavras e expressões.
Mas a vitória de Matsuyama não se limitou apenas ao título; ele também estabeleceu um novo recorde na PGA Tour para o maior número de buracos com birdie, tendo completado 35 ao longo do torneio. Essa conquista ainda veio acompanhada de uma recompensa financeira substancial: $3,6 milhões em prêmios em dinheiro, uma quantia que certamente ajudará a consolidar sua carreira com base no desempenho extraordinário que realizou.
Enquanto Matsuyama celebrava, o segundo colocado, Morikawa, que começou a rodada final apenas uma tacada atrás, registrou um total de 32 abaixo do par, mas isso não foi suficiente para desbancar o japonês, em razão das condições climáticas favoráveis que possibilitaram pontuações baixas para todos os jogadores. Morikawa fez 67 tacadas na rodada final, mas lamentou o que poderia ter sido um desempenho mais forte na primeira parte do percurso. “Sim, você poderia deixar algumas tacadas para trás, mas se você faz 11 abaixo em qualquer campo de golfe, você ficaria satisfeito”, comentou, referindo-se a uma de suas rodadas de 62 tacadas do dia anterior.
No entanto, a competição não se limitou apenas aos líderes. O sul-coreano Im Sung-jae terminou em terceiro lugar com 29 abaixo do par, enquanto o venezuelano Jhonattan Vegas ficou em quarto. Vale ressaltar que, em uma parte da competição, o australiano Cam Davis e o americano Will Zalatoris se confundiram e bateram nas bolinhas um do outro no 15º buraco. Eles posteriormente retornaram para jogar de forma correta, mas isso resultou em uma penalização de dois golpes para ambos, impactando negativamente suas posições finais no torneio.
A situação se tornou mais desconfortável para Davis, que sem a penalização estaria em um empate pelo quinto lugar, levando para casa um extra de $306.625, de acordo com informações da Reuters. Por outro lado, Zalatoris também teria ganhado significativamente mais, terminando em um empate pelo 15º lugar.
Assim, a vitória de Matsuyama não apenas fez história para o golfe japonês, mas também ocupou um lugar especial na história do esporte, provando que, com perseverança e dedicação, tudo é possível. Este evento certamente será lembrado não apenas pelos recordes quebrados, mas por todo o drama e emoção que o cercaram, mostrando o que há de melhor no mundo do golfe.
