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A mais recente indicação do aumento da tensão entre Estados Unidos e China vem na forma de um ataque cibernético alarmante que comprometeu um escritório governamental crucial. Uma equipe de hackers vinculada ao governo chinês conseguiu invadir o Escritório do Comitê de Investimentos Estrangeiros nos Estados Unidos (CFIUS), que é responsável por revisar investimentos estrangeiros que podem representar riscos à segurança nacional. Segundo fontes do governo americano, a intrusão não só revela os interesses de inteligência chineses, mas também ressalta a vulnerabilidade de um órgão que possui amplos poderes para bloquear investimentos chineses na América, em um cenário de relações bilaterais tensas.

Esse incidente, que não havia sido reportado anteriormente, destaca a determinação de Pequim em obter informações valiosas sobre as operações do CFIUS, uma entidade que ganhou novos poderes em dezembro para analisar vendas imobiliárias nas proximidades de bases militares americanas. Tal medida teve como base a crescente preocupação entre os legisladores e os oficiais de segurança nacional de que o governo chinês poderia utilizar aquisições de terras como forma de espionagem contra essas instalações militares.

A intrusão faz parte de uma série de campanhas de espionagem cibernética atribuídas à China que abalaram a confiança do governo dos EUA durante o último ano, complicando ainda mais os desafios para a administração que está por vir. Outro grupo de hackers foi recentemente acusado de ter acessado redes de telecomunicações americanas, espionando comunicações telefônicas de figuras políticas de alto nível, inclusive do presidente eleito Donald Trump. Essa sequência de incidentes cibernéticos levanta questões sobre a eficácia das defesas digitais do governo dos Estados Unidos.

Os responsáveis pela segurança nacional agora estão em um frenesi para avaliar os impactos do acesso não autorizado a informações consideradas pouco classificadas. Na semana passada, o Departamento do Tesouro revelou a líderes no Congresso detalhes sobre o ataque, incluindo informações que estavam em sua oficina de sanções. Essa área, que recentemente impôs sanções a uma empresa chinesa por sua suposta participação em ciberataques, foi apontada como alvo pela equipe de hackers. A gravidade do vazamento, no entanto, ainda está sendo avaliada, pois não está claro que tipo exato de informações foi acessado pelos invasores.

Uma porta-voz do Tesouro não confirmou quais dados específicos haviam sido comprometidos, mas destacou que os hackers comprometeram um “prestador de serviços terceirizado” no mês passado, conseguindo acesso remoto a várias estações de trabalho e documentos não classificados mantidos por usuários do Tesouro. Apesar da preocupação, não há evidência de que informações classificadas tenham sido acessadas, embora analistas destacam que, ao serem ligados, os dados não classificados podem fornecer inteligência útil aos adversários.

Desse modo, a situação tornou-se não apenas uma questão de segurança cibernética, mas também uma complicação nas relações diplomáticas entre os dois países. Liu Pengyu, porta-voz da embaixada chinesa em Washington, reafirmou as negações de seu país sobre envolvimento em operações de hacking, citando declarações do presidente Xi Jinping durante uma reunião com o presidente Joe Biden. Já Janet Yellen, secretária do Tesouro e figura chave no CFIUS, reconheceu que o incidente é problemático para as relações bilaterais e anunciou que elevou suas preocupações ao seu homólogo chinês.

O CFIUS, que antes era uma entidade obscura, agora se tornou um componente vital nas relações comerciais com a China. Sob crescente pressão, os novos membros do gabinete da administração Trump, que também expressaram preocupação com a segurança nacional, prometem adotar uma postura mais rigorosa contra ações que percebam como ameaças vindas da China. Os desafios enfrentados tornam evidente a necessidade de os Estados Unidos não apenas defender suas fronteiras digitais, mas também agir de forma mais proativa ante os desafios cibernéticos que emergem diuturnamente.

Os EUA já conduz ações cibernéticas ofensivas contra a China, mas muitos legisladores, incluindo o futuro conselheiro de segurança nacional, Rep. Mike Waltz, pedem uma resposta ainda mais vigorosa. “A América não pode se dar ao luxo de se proteger apenas no campo cibernético”, afirmou Waltz, enfatizando a necessidade de impor custos aos que estão roubando tecnologia e atacando a infraestrutura americana.

Assim, o recente ataque dos hackers chineses não apenas abre uma nova brecha nas operações de segurança cibernética do governo dos Estados Unidos, mas também sinaliza uma nova fase de confrontos tecnológicos e diplomáticos entre as duas principais economias do mundo. O que nos aguarda nesse cenário cada vez mais tenso? A resposta pode muito bem moldar o futuro das relações internacionais nos próximos anos.

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