Em uma noite que ficou marcada por emoções e recordações, Jelly Roll trouxe à tona o legado de Toby Keith durante a celebração da véspera de Ano Novo, o Big Bash de Nashville, realizado no Bicentennial Park, no coração da capital do Tennessee, em 31 de dezembro de 2024. O cantor de country, que completou 40 anos de idade, conduziu uma performance que incluiu cinco faixas e culminou com a interpretação do icônico hit “Should’ve Been a Cowboy”, uma escolha carregada de significado, especialmente após a perda de Keith que faleceu aos 62 anos, em fevereiro de 2024, devido a um diagnóstico de câncer de estômago.
A presença de Jelly Roll no evento não foi apenas uma simples apresentação; foi uma oportunidade imensamente emocional de homenagear um artista que teve um papel vital na cena musical country e na vida de muitos, particularmente na dele. Os primeiros momentos de sua performance foram marcados por suas canções, como “I Am Not Okay”, “Need a Favor”, “Son of a Sinner” e “Liar”, antes de se encaminhar para o poderoso tributo a Keith. Em suas palavras, Jelly expressou o impacto que Toby teve em sua trajetória artística, ressaltando o quanto a música e a persona de Keith influenciaram sua transição do rap para o país.
O evento contou ainda com a participação de uma série de renomados artistas, como Keith Urban, Kane Brown, Shaboozey, Luke Bryan, Luke Combs, Eric Church, Tyler Hubbard, Miranda Lambert, Post Malone, Brittney Spencer, Chris Stapleton, Lainey Wilson e Zach Top, criando uma verdadeira celebração da música e da cultura country. A diversidade de vozes e estilos presentes na noite reforçou a importância de Keith na indústria musical, evidenciando como sua música ressoou através de diferentes gerações.
Uma das apresentações mais memoráveis de Jelly Roll aconteceu anteriormente, em abril de 2024, quando ele subiu ao palco do Stagecoach Festival em Indio, Califórnia, para uma performance especial de “Should’ve Been a Cowboy”, ao lado de T-Pain. Essa colaboração foi a culminação de uma profunda admiração pelo legado de Toby e, em entrevistas, Jelly revelou que a ideia de trabalhar com T-Pain surgiu de uma conexão emocional, lembrando da experiência que o rapper teve ao apresentar um prêmio junto a Toby, em 2009. “Ele [T-Pain] estava falando sobre como Toby o fez sentir confortável e a personalidade divertida que ele tinha”, recordou Jelly, evidenciando a importância que Keith tinha não apenas como artista, mas também como ser humano.
O cantor também mencionou como recebeu a bênção do filho de Toby, Stelen, para realizar esta homenagem. “Ele veio até mim e disse que tinha assistido a um vídeo meu cobrindo essa música e achou que era uma das melhores versões feitas até hoje. Isso significou muito para mim”, disse Jelly, demonstrando não só respeito pela obra de Toby, mas também por sua família. Ao lado de T-Pain, Jelly Roll decidiu que parte da receita obtida com a nova gravação seria destinada à Fundação Toby Keith, um gesto de solidariedade que reforça a importância de dar de volta à comunidade e às causas que Toby apoiou durante sua vida.
Para muitos, a apresentação de Jelly Roll na véspera de Ano Novo não foi apenas uma celebração dos novos começos, mas uma lembrança tocante de um ícone do country que continua a influenciar e inspirar muitos artistas contemporâneos. Ao interpretar “Should’ve Been a Cowboy”, Jelly trouxe de volta memórias e sentimentos, unindo diferentes gerações em torno da música que continua a ressoar profundamente no coração dos fãs. É um lembrete poderoso de que, embora a vida de Toby Keith tenha terminado, seu legado musical e a energia de suas canções permanecem eternamente vivas, conectando pessoas e contando histórias.
O evento em Nashville serve como uma verdadeira celebração não apenas do Ano Novo, mas também dos laços que a música cria entre amigos, famílias e comunidades, reafirmando que, por meio da arte, é possível manter viva a memória daqueles que deixaram uma marca indelével em nossos corações. Jelly Roll, ao homenagear Toby Keith, não só preservou sua memória, mas também estabeleceu um novo patamar de reverência à música country, caracterizando um momento que será lembrado por sua profundidade emocional e por sua celebração da vida e da música.