A trágica morte de uma criança de apenas 21 meses em Chicago repercute intensamente, trazendo à tona questões profundas relacionadas à saúde mental e à violência familiar. Marisol Vazquez, de 37 anos, foi acusada de homicídio em primeiro grau, depois de alegar que ‘vozes’ em sua cabeça a levaram a cometer o crime. O acontecimento, que ocorreu em 20 de dezembro de 2023, por volta das 8h30, levantou uma série de perguntas sobre as circunstâncias que levaram a essa horrenda decisão e o estado mental da acusada.
De acordo com informações de vários veículos de comunicação, incluindo NBC 5, CBS News e The Chicago Tribune, Vazquez foi encontrada nua em uma cama com sua filha Lucia atrás dela. Quando os paramédicos chegaram ao local e tentaram executar manobras de reanimação na criança, que não estava respirando, água saiu da boca dela. Além disso, a polícia também encontrou água e roupas dentro de uma banheira próxima. Esse cenário chocante não só expõe a gravidade da situação como também gera um intenso questionamento sobre os fatores que podem ter contribuído para tal tragédia.
Após a chegada dos paramédicos, Lucia foi declarada morta no Mount Sinai Hospital. Nesta fase inicial, a polícia identificou a criança como uma menina de 1 ano, mas posteriormente, os promotores esclareceram que Lucia tinha, na verdade, 21 meses. Este detalhe revela a confusão e a tristeza que cercam a tragédia e como, em muitas circunstâncias, o estado mental de um dos envolvidos pode obscurecer a realidade dos eventos.
O relatório de prisão de Vazquez, obtido pela CBS News, revela que, durante o interrogatório, a mãe expressou declarações incoerentes, mencionando estar “presa por eletrônicos” e que “todo mundo havia sido estuprado”. Ela teria afirmado também que “precisávamos ir para a água, precisávamos estar com a natureza”. Esta narração faz com que se levante a dúvida se estabanos diante de um colapso mental que se manifestou de maneira horrenda e devastadora.
Marisol foi posteriormente levada para o Hospital Ascension St. Mary, onde foi submetida a uma avaliação de saúde mental. No entanto, a situação rapidamente se agravou e, em 2 de janeiro, ela foi presa. Durante o interrogatório subsequente, a mulher teria confessado que sufocou Lucia com um lençol. De acordo com os relatos, uma parte perturbadora de sua confissão incluiu a alegação de que as vozes em sua mente a instruíam a matar a filha para que “o diabo não comesse” a criança. Essas declarações não só ilustram a confusão mental que ela provavelmente enfrentava, mas também levantam questões sobre a prevenção de tais tragédias que podem ser evitadas por meio de intervenções adequadas.
Vazquez ainda tentou se afogar, mas não conseguiu, e posteriormente tentou se cortar, o que indica um profundo estado de desespero. Até o momento, a mulher compareceu ao tribunal em 4 de janeiro, onde segundo os documentos, confessou o crime para sua irmã e pediu que ela não chamasse a polícia. A situação é ainda mais complexa por conta da natureza de suas alegações e do estado de saúde mental de Vazquez, o que dificultará o processo judicial que se aproxima.
Atualmente, a acusada encontra-se detida na Cook County Jail e está agendada para retornar ao tribunal em 7 de janeiro. Contudo, não está claro se ela possui representação legal que possa comentar em seu nome sobre as alegações e circunstâncias que levaram a este trágico evento. Este caso lamentável não apenas destaca a importância de abordar questões de saúde mental com seriedade, mas também gera uma discussão sobre como as comunidades podem se unir para evitar que episódios como este se repitam. A busca por respostas e pela justiça apenas começou, e todos nós, como sociedade, devemos nos voltar para a reflexão e a ação preventiva.