Nikki Glaser, renomada comediante e apresentadora, é amplamente reconhecida por suas apresentações afiadas e sua habilidade em realizar críticas humorísticas nos famosos roasts da Comedy Central. No entanto, ela recentemente compartilhou que uma piada feita por Pete Davidson, durante seu roast, ainda causa desconforto e dor, revelando o impacto emocional que as palavras podem ter, mesmo entre os humoristas. Durante a sua participação no programa The Run-Through with Vogue, em 3 de janeiro, Glaser revelou que algumas piadas continuam a ecoar em sua mente, mesmo anos após serem ditas, ilustrando como a comédia pode ser tanto uma forma de expressão quanto uma fonte de inseguranças pessoais.
Em uma conversa franca, ela mencionou: “Eu ainda penso sobre algumas das piadas que foram feitas sobre mim nos roasts de seis anos atrás, e elas ainda me assombram.” Essa reflexão destaca não apenas seu trabalho como comediante, mas como essas piadas às vezes desenterram inseguranças que as pessoas nem sempre estão dispostas a confrontar. Dizer que uma piada efêmera pode deixar marcas duradouras revela a complexidade do humor, que, embora destinado a entreter, pode, muitas vezes, ferir os envolvidos. Ao olhar no espelho, Glaser comentou que vê as repercussões dessas piadas, mostrando um lado vulnerável que muitas vezes se esconde atrás do sorriso e da risada dos comediantes.
Glaser lembrou de uma piada específica feita por Davidson, que disse que ela “não tem bunda”. “Eu sabia que não tinha, e sei que não tenho”, afirmou a comediante de 40 anos, mas o fato de que Davidson havia refletido sobre isso e se permitiu fazer tal piada fez com que a dor se tornasse mais tangível. Para Nikki, o humor é uma espada de dois gumes; enquanto permite libertar e refletir sobre suas fraquezas, também pode trazer à tona questões que são dolorosas e que ela gostaria de esquecer. Essa revelação não só humaniza Glaser, mas também provoca uma reflexão sobre a natureza do humor e suas consequências nas relações pessoais e profissionais.
A comediante expressou que um dos momentos mais desconfortáveis durante os roasts é quando seu nome aparece no teleprompter. “É o meu momento menos favorito do show quando vejo meu nome aparecendo e penso ‘Oh, aqui vamos nós.’ Como vai ser isto?’. Neste momento, ela tenta rir educadamente, mas a verdade que permeia essa situação é que, embora o público possa encontrar humor na crítica, o crítico muitas vezes carrega o peso das palavras. Glaser até revelou que, em alguns casos, as piadas a fizeram chorar em festas pós-eventos. As reações que ela recebe podem ser tanto um reforço da sua carreira quanto uma lembrança de suas inseguranças.
Além disso, Glaser destacou que uma das razões pelas quais ela consegue roster com impacto é que ela mesma se expõe a esse tipo de crítica. Ela comentou: “Acho que essa é uma das razões pelas quais sinto que consigo me safar disso; porque estou me colocando em uma posição vulnerável e aberta para essas coisas também”. Contudo, ela enfatiza que isso não isenta ninguém da dor que essas piadas podem causar. “Eu adoraria dizer que é apenas uma piada. Que nada realmente atinge as pessoas, e que não devemos levar isso para o lado pessoal, mas nós absolutamente levamos.”
A comediante ainda revelou que uma piada feita por Blake Griffin durante o roast de Alec Baldwin em 2019 a levou a considerar procedimentos estéticos. A comparação de Griffin, onde ele disse que ela se parecia com Larry Bird, teve uma resposta tão forte do público que a fez buscar intervenções estéticas, uma escolha que, segundo ela, teve consequências significativas em sua vida e imagem. “Sim, há consequências, com certeza.” Essa declaração revela não apenas a pressão que os artistas enfrentam em sua aparência, mas também o impacto que o humor pode ter em suas decisões pessoais e profissionais.
A história de Nikki Glaser serve como um lembrete potente da dualidade da comédia: enquanto o humor pode oferecer alívio e risadas, ele também pode desencadear inseguranças profundas e feridas que, mesmo entre comediantes, são difíceis de superar. Ao expor seus sentimentos e experiências, Glaser não apenas se conecta com seu público de uma maneira mais significativa, mas também inicia uma conversa sobre a responsabilidade que os comediantes têm com suas palavras e seus efeitos nas vidas uns dos outros. Lembrando que o riso muitas vezes é um reflexo da verdade, Glaser continua sua jornada, balanceando o humor e a vulnerabilidade.