Os baby boomers e a geração X conquistaram inegavelmente diversos Oscars, o que, de certa forma, valida a trajetória de suas gerações não é mesmo? Vamos falar sobre a realidade das gerações mais jovens, começando com os millennials mais velhos — ou seja, quem nasceu nos anos 1980, que também têm uma trajetória considerável no cenário do Oscar e, por que não dizer, uma senhora coleção de estatuetas. Emma Stone, por exemplo, parece ter uma pequena coleção de 4.353 Oscars.
Mas e os millennials mais jovens — aqueles que nasceram na década de 1990? Este grupo, que, curiosamente, verá seus membros mais velhos fazendo 35 anos este ano, ainda não conseguiu deixar sua marca na própria Academia dos Arts and Sciences. Embora eles sejam a geração que mais foi capaz de estabelecer novas narrativas e estilos no cinema, não houve um único homem, nascido a partir de 1990, que tenha recebido um Oscar de atuação. As coisas ficam ainda mais intrigantes: somente duas mulheres nasceram na década de 1990 e conseguiram conquistar o prêmio — e, pasmem, nenhuma delas nasceu após 1991. Esse cenário levanta interrogações sobre a natureza das premiações e sobre o quão “sus” a própria Academia pode parecer para os jovens atores.
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O cenário pode mudar neste ano. O que parece uma guerra geracional promete resultados surpreendentes onde atores que cresceram em uma nova era, dominada por mídias sociais e referências contemporâneas, podem finalmente ter suas vozes ouvidas. Lançando um olhar sobre as premiações atuais, observamos que atores como Selena Gomez (nascida em 1992) e Ariana Grande (nascida em 1993) são fortes candidatas ao prêmio de melhor atriz coadjuvante, acompanhadas por Margaret Qualley (nascida em 1994).
O espetáculo não para por aí: Timothée Chalamet (nascido em 1995) surge como favoritíssimo para levar o Oscar de melhor ator, enquanto Mikey Madison (nascida em 1999) também é uma potencial vencedora. As candidaturas estão repletas de promessas que podem finalmente ampliar os horizontes da Academia e trazer uma nova luz ao evento que muitos consideram outdated.
Neste ano, as possibilidades são diversas: mesmo na categoria de ator coadjuvante temos um forte concorrente mais jovem, Yura Borisov (nascido em 1992). Não é apenas uma esperança, mas uma realidade que paira no ar: existe a chance de que os nascidos nos anos 90 consigam conquistar todos os quatro prêmios de atuação.
Entretanto, não podemos esquecer do histórico de desconsideração. As votações que podem influenciar esse resultado rival são muitos, e, levando em conta o que já ocorreu, é uma incógnita se a Academia irá apreciar a nova geração ou se continuará a privilegiar os mais velhos. Exemplos disso são as recentes omissões de Paul Mescal (nascido em 1996) por seu impacto em Aftersun e Austin Butler (nascido em 1991) por seu papel em Elvis.
A própria Kristen Stewart (nascida em 1990) e Stephanie Hsu (nascida em 1990) também foram deixadas de lado em suas candidaturas, apesar do talento e força de seus desempenhos nas telas. O mesmo vale para Saoirse Ronan (nascida em 1994), que, com suas três indicações entre 2016 e 2020 acabaram não culminando em vitória.
As únicas duas pessoas nascidas nos anos 90 a realmente levar um prêmio de atuação foram Jennifer Lawrence e Ariana DeBose, ambas notoriamente nascidas nos primeiros 13 meses de uma década marcada por mudanças.
E agora, com os Golden Globes, que recentemente desconsideraram a geração dos anos 90, permanecem as questões sobre o que realmente está acontecendo com a premiação e se a mudança é realmente possível ou se tudo pode ser vetado novamente pela velha guarda.
Adicionando mais um ponto à competição, muitos dos adversários de Mikey Madison são estrelas icônicas da Geração X, como Angelina Jolie e Nicole Kidman, que claramente marcam a diferença entre gerações, enquanto Timothée Chalamet deve enfrentar Adrien Brody, que acaba de ganhar um Globo de Ouro.
O fato de que Brody é visto como o primeiro vencedor de melhor ator da Geração X nos mostra exatamente como essa linha do tempo está sendo desenhada e como dificuldades e rivalidades estão se formando em nossa visão do cinema.
Sem dúvida, é hora de rever a média etária dos vencedores de melhor ator: a idade média em 1980 era de 44 anos, enquanto a partir de 2010 se mantém em 46 anos! Não houve ninguém com menos de 45 anos vencendo nesta década.
Esse padrão não é exatamente uma questão de veneração da idade, mas sim a influência das conexões e da experiência adquirida com o tempo — será uma luta continuar essa tradição, onde os mais jovens têm seu talento ofuscado pela experiência dos ícones do cinema que dominam o cenário atual.
Neste contexto, a nova geração se destaca trazendo performances espetaculares. Ao observarmos Ariana Grande deslizando em seu papel como Glinda, Selena Gomez explorando as nuances de seu papel e Timothée Chalamet mostrando seu domínio, fica claro que a proposta de mudança é necessário.
Portanto, quando os membros da Academia se perguntam porque os jovens não assistem mais à sua premiação, talvez deveriam se questionar sobre o motivo de não estarem assistindo aos jovens.
O jovem ator mais jovem a vencer o Oscar de melhor ator foi Brody, que ganhou aos 29 anos e 343 dias por The Pianist em 2003. Caso Timothée Chalamet vença, teria exatamente 29 anos e 65 dias, tornando-se não só o primeiro vencedor da geração, mas também o mais jovem da história.
Pode ser que a mudança esteja mais próxima do que se imagina!
Esta matéria apareceu na edição de 9 de janeiro da revista The Hollywood Reporter. Clique aqui para assinar
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