Na segunda-feira, um juiz federal declarou Rudy Giuliani em desagrado por sua falha em entregar informações a duas ex-trabalhadoras eleitorais da Geórgia, Ruby Freeman e Shaye Moss, que ele difamou após as eleições presidenciais de 2020. Esse desagrado ocorre enquanto as trabalhadoras continuam a sua luta por uma compensação de 150 milhões de dólares por danos. O caso, que fez com que o ex-prefeito de Nova York enfrentasse uma série de consequências legais significativas nos últimos anos, agora assume mais um capítulo complexo em um contexto de acirrado debate sobre desinformação eleitoral e suas repercussões.

Este desagrado acontece a menos de duas semanas de um julgamento previsto, onde Giuliani tenta manter a posse de um condomínio em Palm Beach, avaliado em 3,5 milhões de dólares, onde afirma residir. A situação se complica ainda mais com a acusação de que ele não respondeu a solicitações de informações feitas pelas trabalhadoras eleitorais enquanto se preparavam para o julgamento. Essa resistência a fornecer as informações solicitadas não apenas prolonga o processo, mas também acirra a tensão entre as partes envolvidas.


Durante a audiência, o juiz Lewis Liman afirmou que a não conformidade de Giuliani foi intencional e o acusou de tentar “prolongar o tempo” até a data do julgamento. A declaração do juiz evidencia a gravidade das ações do ex-prefeito, que, ao que parece, não apenas ignorou as ordens do tribunal, mas, segundo Liman, também buscou manipular o processo judicial.

Liman também descartou o testemunho “interesseiro” de Giuliani, que alegou que sua falta de resposta às solicitações de informações foi motivada por suspeitas em relação aos motivos dos advogados das reclamantes. O juiz foi enfático em afirmar que tais suspeitas não são justificativa para desobedecer as ordens da corte.

Segundo Liman, Giuliani poderia ter levantado suas preocupações diretamente ao tribunal, mas optou por agir fora dos parâmetros legais, algo que sublinha uma abordagem bastante controversa e, para muitos, irresponsável, em relação ao sistema judicial. O que se revela aqui é uma tentativa de contornar a justiça que, ao contrário de ser eficaz, pode resultar em maiores complicações jurídicas e financeiras para o ex-advogado de Donald Trump.

As defamações de Giuliani contra Moss e Freeman remontam a mais de quatro anos, durante o tumultuado período pós-eleitoral de 2020, quando ele fez alegações infundadas de que as trabalhadoras teriam alterado votos para prejudicar Trump em Atlanta, um estado onde o ex-presidente havia perdido a eleição. Este contexto revela o aumento da desinformação eleitoral que tomou conta da política americana e suas ferozes consequências legais.

Recentemente, um júri em Washington, DC, concluiu que as declarações do ex-prefeito causaram danos significativos a Moss e Freeman, resultando em um veredicto que condenou Giuliani a pagar 150 milhões de dólares. Este julgamento representa não apenas uma geografia legal complexa, mas também uma luta clara contra a desinformação e uma tentativa de restaurar a reputação e dignidade das vítimas.

Essa narrativa tem sido atualizada com novos desenvolvimentos.

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