A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) anunciou que chegou a um acordo financeiro com o ex-CEO da WWE, Vince McMahon, em relação a pagamentos não divulgados a uma funcionária e a um contratante independente com quem McMahon supostamente tinha relacionamentos. Essa notícia, que chocou muitos fãs e observadores da indústria do entretenimento, destaca a necessidade de maior transparência nas práticas de negócios dentro da WWE. O ex-líder da organização no wrestling profissional concordou em pagar uma penalidade civil de $400,000, além de reembolsar a WWE em mais de $1.3 milhões.
As acusações da SEC se originaram de dois acordos de liquidação que McMahon firmou, um em 2019 e outro em 2022. Estando no cargo de CEO na época, McMahon fez esses acordos em nome da empresa, mas não os divulgou ao conselho da WWE. Isso levanta questões importantes sobre a ética e a governança corporativa dentro da organização, principalmente considerando o impacto que essas ações podem ter sobre os preços das ações e a imagem da empresa.
Conforme delineado no comunicado da SEC, “um acordo de liquidação obrigou McMahon a pagar $3 milhões a um ex-funcionário em troca de não divulgar seu relacionamento com McMahon, assim como a liberação de reivindicações potenciais contra a WWE e McMahon, enquanto o segundo acordo exigia que o ex-contratante da WWE recebesse $7.5 milhões para não divulgar suas alegações contra McMahon e liberá-lo de reclamações futuras”. Naturalmente, pagamentos como esses ao longo do tempo resultaram em divulgações financeiras imprecisas por parte da WWE, levando à crescente desconfiança entre os investidores e críticos do setor.
Thomas P. Smith Jr., diretor associado da SEC, em um comunicado relatou: “Executivos da empresa não podem firmar acordos materiais em nome da empresa que servem e omitir essas informações das funções de controle e auditoria da empresa”. Essas palavras ecoam uma necessidade crescente de garantir que ações semelhantes não se repitam no futuro, isto é, que as práticas de transparência e ética sejam mantidas na liderança corporativa.
Vince McMahon foi alvo de investigações por alegações de má conduta em 2022, o que culminou em sua aposentadoria. Contudo, em uma virada inesperada, ele reutilizou sua participação majoritária para reestabelecer sua posição na diretoria da WWE no início de 2023, dando início a um processo de venda que levou a um acordo significativo com a Endeavor, criando a TKO Group Holdings. Após essa fusão, McMahon foi processado por uma ex-funcionário que fez alegações severas de tráfico sexual e agressão, levando sua rápida saída da WWE enquanto negava vigorosamente as acusações.
Com a recente movimentação de McMahon, muitos se questionam quão segura está a WWE em face desses desafios éticos, financeiros e de reputação. O cenário, que por muito tempo era visto como um dos bastiões do entretenimento esportivo, agora enfrenta uma maré de incertezas que poderão moldar o futuro da companhia. De acordo com fontes internas, a empresa estava em busca de fechar acordos de patrocínio, mas a repercussão dessa situação pode colocar tudo isso em risco. Além disso, a WWE acaba de selar um contrato de 10 anos com a Netflix, que poderá sofrer impacto por conta desta turbulenta reviravolta.
Por fim, considerações sobre a integridade e a governança da WWE estão no centro da discussão, e muitos se perguntam se o novo acordo e as mudanças implementadas por McMahon são o suficiente para restaurar a confiança entre os acionistas e o público. Para mais detalhes sobre a situação ou para se aprofundar nas mudanças na WWE, você pode verificar informações adicionais em WWE e TKO Group Holdings.