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na indústria cinematográfica, cada vez mais se nota uma crescente valorização da diversidade de vozes, especialmente no que tange à representação feminina nas diversas funções criativas. rachel morrison, uma renomada diretora de fotografia, acaba de dar um passo monumental ao assumir o cargo de diretora com seu longa-metragem ‘the fire inside’. conhecida por ser a primeira mulher a ser indicada ao Oscar na categoria de cinematografia por ‘mudbound’ em 2017, ela continua a quebrar barreiras, desta vez dirigindo um filme que narra a história de uma das maiores boxeadoras olímpicas, claressa shields.
o caminho de morrison até sua estréia como diretora não foi fácil, repleto de tentativas e erros. durante anos, ela mergulhou na leitura de roteiros, buscando uma narrativa que a inspirasse e com a qual pudesse se identificar profundamente. “eu li roteiros por anos, e realmente quero dizer anos, procurando algo que me fizesse sentir a pessoa certa para dirigir”, revela morrison. quando finalmente encontrou ‘the fire inside’, uma história escrita por barry jenkins, ela percebeu que esta era a oportunidade que vinha esperando. a trama, que retrata a luta de shields pela igualdade de gênero no boxe, se ressoou com sua própria experiência no mundo dominado por homens da cinematografia, onde a presença feminina frequentemente é minimizada.
com um elenco talentoso, incluindo ryan destiny interpretando shields e bryan tyree henry como seu treinador de infância, a obra está marcada para ser lançada nos cinemas no dia do natal, encerrando um ciclo de atrasos devido à pandemia e questões de aquisição. durante uma entrevista, morrison discutiu os desafios que enfrentou ao longo da produção do filme. a pandemia não apenas atrasou as filmagens, mas também transformou a dinâmica da produção. “tivemos muitos recomeços durante aquele tempo, e o filme evoluiu à medida que o mundo mudava”, comentou morrison. um dos efeitos mais significativos desse atraso foi a oportunidade que ryan teve para aprimorar ainda mais sua preparação física para o papel, resultando em uma representação autêntica e poderosa.
a fusão entre a MGM e a amazon também teve suas implicações. morrison mencionou como a transição na liderança durante as filmagens a deixou em uma situação peculiar, sem novos executivos para orientar a produção. “eu não tinha novos executivos entrando e opinando nas coisas. foi como se eu tivesse feito um filme de estúdio sem a pressão de um estúdio”, disse ela. esse formato permitiu uma liberdade criativa que, segundo morrison, acabou favorecendo o projeto ao proporcionar um espaço para que os atores participassem ativamente de sua promoção no festival de toronto.
como seio de experiências valiosas, morrison teve a oportunidade de contar com o apoio de barry jenkins, o renomado diretor e produtor, durante a realização de ‘the fire inside’. “sou muito grata que barry foi um dos produtores, mesmo que não estivesse por trás da câmera. ele foi meu contato e um deles sonhos de consultoria”, compartilhou morrison, evidenciando a importância do apoio entre colegas na indústria. seu papel como diretora, aliás, não a impediu de buscar conselhos é de diretores estabelecidos, onde ela também reconheceu a importância de se posicionar e defender suas ideias.
o processo de filmagem não foi isento de desafios. um dos momentos mais memoráveis foi um plano sequência que precisava ser filmado em um curto espaço de tempo. apesar das dificuldades enfrentadas, morrison e sua equipe conseguiram unir esforços e capturar uma energia única durante a cena, revelando o quanto ryan havia evoluído em sua preparação para o papel. “tivemos quatro horas para filmar a cena e, embora não tenha saído como eu planejei no início, o entusiasmo coletivo superou os obstáculos e a cena finalmente se encaixou”, recorda morrison. esse momento destacou não apenas a habilidade da atriz, mas também a força da equipe em conjunto diante de adversidades.
com um lançamento marcado para as telonas no dia 25 de dezembro, ‘the fire inside’ não é apenas um filme sobre boxe, mas um relato sobre empoderamento feminino e determinação diante dos desafios. rachel morrison está, sem dúvida, escrevendo um novo capítulo na história do cinema, onde não só as mulheres são contadas como protagonistas de suas próprias histórias, mas também como criadoras de suas narrativas, transformando a forma como o cinema aborda a representação de gênero. o público poderá acompanhar de perto essa jornada inspiradora que promete cativar e desafiar os espectadores ao questionarem suas próprias percepções sobre a igualdade no esporte e na vida.
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