Uma década se passou desde a estreia de John Wick, o aclamado filme de ação que se tornou um marco no cinema contemporâneo. Desde seu lançamento, o filme se transformou em uma franquia robusta, gerando quatro sequências, uma série de prequel chamada The Continental, adaptações para videogame e uma série em quadrinhos. Nesse período, os co-diretores Chad Stahelski e David Leitch reafirmam, em uma recente entrevista, que o ator Keanu Reeves é a única escolha perfeita para o personagem-título, John Wick.

A franquia começou com um orçamento modesto, mas suas sequências e expansões revelaram a sólida base de fãs que foram formadas ao longo dos anos, provando a sustentabilidade de uma narrativa centrada em um anti-herói. A longevidade da série é atribuída, entre outros fatores, à presença indiscutível de Reeves, que traz um charme e uma profundidade únicos ao seu papel. É impossível dissociar o personagem da essência que o ator imprime nele. Durante os dez anos desde o lançamento do primeiro filme, a visão de Stahelski e Leitch sobre Wick permaneceu intacta: “Você poderia ter feito John Wick sem Keanu?”, questiona Stahelski. E já se responde: “Não, não da forma como você vê.” Esta declaração exemplifica a indiscutível colaboração e dedicação de Reeves ao papel ao longo de sua jornada no cinema.

Keanu, cujos 60 anos são acompanhados por uma carreira cheia de desafios intelectuais e físicos, tem sido uma força motriz por trás do sucesso da franquia. Durante as filmagens, Stahelski o descreve como um colaborador ativo que sempre está ansioso para compreender cada aspecto do processo de produção. “Ele está sempre lá cedo, é sempre o último a sair”, revela Stahelski, ressaltando o comprometimento inabalável de Reeves. Este envolvimento transcende a mera atuação; é uma paixão que se reflete em cada cena, em cada luta coreografada. Para Stahelski, esse tipo de dedicação é irrecuperável e se transforma na “DNA” do filme.

O diretor também menciona que a obra é inspirada nos amores que ele e Reeves compartilham, como anime, mangá e cinema asiático. O estilo visual marcante e a trilha sonora inconfundível que permeiam as produções refletem essa apreciação. Ele conta que a produtora foi bastante flexível durante a realização do filme, permitindo que a visão criativa se materializasse de maneiras inesperadas e impressionantes. As sequências, que apresentam cenas de ação como a icônica luta de escadas que dura 15 minutos, são um testemunho da originalidade característica da franquia, resultado do trabalho árduo de equipe e da adaptação impecável de Reeves aos papéis exigentes.

Durante a conversa, Leitch, co-diretor do primeiro filme, expressa seu respeito e gratidão a Reeves. Para ele, não existe outro ator capaz de dar vida a John Wick; a paixão de Reeves pelo personagem e sua habilidade física estão entre as características que realmente tornam o personagem memorável. “Ele traz, obviamente, a paixão, a fisicalidade e uma qualidade emocional que, sem dúvida, toca o coração das pessoas”, diz Leitch, reforçando o impacto que Wick exerce na cultura pop.

À medida que o décimo aniversário do lançamento se aproxima, Stahelski reflete sobre a verdadeira realização de criar a série. Com um sorriso no rosto, ele admite que não estava contando os dias para a comemoração, mas reconhece a grandeza do momento. “É muito gratificante saber que ainda estamos presentes, com fãs da franquia, e que ainda podemos viver nesse mundo”, compartilha Stahelski, reconhecendo a força e a lealdade dos fãs de John Wick e de Keanu Reeves.

Por outro lado, Leitch celebra sua contribuição para a cultura pop ao criar um personagem que se tornou verdadeiramente icônico, estabelecendo uma conexão emocional significativa com o público. Ele expressa seu orgulho não apenas em ter feito parte da criação de John Wick, mas também em ter tocado a vida das pessoas de maneira profunda.

Ao refletir sobre a narrativa do primeiro filme, onde o assassinato do cachorro de John Wick serve como o catalisador para sua busca de vingança, Stahelski destaca a ousadia do enredo. “A Hollywood trope é não matar o cachorro”, observa Stahelski, lembrando a importância que essa tragédia pessoal exerce sobre a trama. A história não se concentra apenas na perda do animal de estimação; trata-se de uma representação mais ampla do luto e da dor que acompanha a perda de um ente querido. Ao matar o cachorro, os realizadores não apenas provocaram um choque, mas também ofereceram uma plataforma para explorar o luto humano de forma mais profunda.

Com a continuação da franquia, novos projetos estão delineados no horizonte, como a série Ballerina, prevista para 2025, e até mesmo uma adaptação de anime a caminho. A riqueza do universo de John Wick continua a crescer, e o papel de Keanu Reeves é tanto um testemunho de seu talento quanto uma exposição da história emocional e complexa que permeia a narrativa. A inegável química entre os filmes e a vida de Reeves parece ser um laço indivisível que continuará a capturar a imaginação dos fãs no futuro.

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