O diretor Chad Stahelski, conhecido por seu trabalho à frente da aclamada franquia John Wick, decidiu esclarecer algumas questões sobre a imagem do ator Keanu Reeves, especialmente no que diz respeito à dualidade entre seu personagem e sua verdadeira personalidade. Em uma entrevista celebrando o décimo aniversário do primeiro filme de John Wick, Stahelski compartilhou suas experiências de colaboração com Reeves ao longo dos anos, ressaltando o lado surpreendente e alegre do ator que muitas vezes contrasta com o personagem sério que ele interpreta nas telas.

Um olhar por trás das câmeras e a dualidade do ator

Stahelski, que teve o privilégio de trabalhar com Reeves tanto como diretor quanto como dublê em seu papel anterior em The Matrix, descreve o ator como um profissional extremamente dedicado. “Quando a câmera corta, ele é muito profissional. Está sempre perguntando: ‘Como foi? O que podemos fazer para melhorar?’”, comenta Stahelski, destacando a seriedade de Reeves quando ele está nas filmagens. Porém, essa seriedade parece evaporar assim que a cena é finalizada. “Quando acertamos uma cena, a energia muda completamente. Ele é o primeiro a sorrir, rir e demonstrar alegria”, complementa o diretor. Essa transformação de um personagem intenso como John Wick para um Reeves sorridente é um contraste que Stahelski considera fascinante.

A imagem pública de Reeves, muitas vezes marcada pelo meme “Sad Keanu”, é algo que Stahelski também aborda. Para ele, esse meme não reflete a verdadeira natureza do ator. “As pessoas o veem como ‘Sad Keanu’ e solitário, mas ele é, na verdade, um cara muito feliz, entusiasmado e extremamente positivo”, explica. Na memória coletiva, a famosa foto de Reeves sentado sozinho em um banco, com uma expressão pensativa enquanto comia um sanduíche, tornou-se um ícone da tristeza, algo que o próprio ator foi rápido em desmistificar durante uma aparição no The Late Show. “Estou apenas comendo um sanduíche, cara!”, disse ele ao host Stephen Colbert, explicando que seu semblante era resultado da fome e de algumas questões pessoais, não de tristeza como muitos supuseram.

A contribuição indispensável de Keanu Reeves para o mundo de John Wick

Chad Stahelski também enfatiza o papel fundamental que Reeves desempenha na franquia John Wick. Para ele, sem a contribuição do ator, a série não teria o mesmo impacto e autenticidade. “Você poderia ter feito John Wick sem o Keanu? Não, não da forma que você vê”, afirma Stahelski, lembrando que a estoicidade do personagem é uma extensão da verdadeira essência de Reeves. “Ele sempre chega cedo e é o último a sair do set. Isso diz muito sobre seu profissionalismo e compromisso”, acrescenta.

Até o momento, a franquia John Wick acumulou quatro filmes repletos de ação, além de uma série prequel chamada The Continental e adaptações para videogames e quadrinhos. Os planos para o futuro incluem um filme derivado intitulado Ballerina, produção que será também realizada em parceria entre Stahelski e Reeves. A Lionsgate, distribuidora da franquia, promove exibições especiais do primeiro filme em celebração ao seu décimo aniversário, ocorrendo nos dias 3 e 6 de novembro. Portanto, aqueles que desejam reviver a experiência de John Wick nas telonas devem ficar atentos às projeções em seus cinemas locais.

Em suma, a entrevista de Chad Stahelski com PEOPLE não apenas celebra o legado de John Wick, mas também lança luz sobre o lado menos conhecido de Keanu Reeves, um homem que, apesar de muitas vezes ser mal interpretado, brilha intensamente quando o assunto é sua paixão pelo trabalho e pela vida.

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