Um casal da Câmara de Robbinsville, na Carolina do Norte, viveu um dia que ficará marcado em suas memórias de forma indelével. Em 27 de setembro, sob a ameaça do furacão Helene, Jewelia Crowe e Samuel Dillard receberam seu primeiro filho, o pequeno Phoenix, que nasceu prematuramente, 10 semanas antes do previsto. O evento dramático teve um desdobramento tão surpreendente que Dillard comentou que, quando Phoenix crescer, terá “uma história e tanto para contar”. Com o furacão enfrentando a Carolina do Norte naquele dia, as circunstâncias ao redor do nascimento de Phoenix tornam essa história ainda mais extraordinária e emocionante.

O pequeno Phoenix nasceu na manhã do dia 27 de setembro, às 1h41, no Mission Hospital, localizado em Asheville, enquanto os ventos fortes e as chuvas do furacão atingiam a região. Inicialmente previsto para chegar ao mundo em dezembro, o bebê surpreendeu a todos ao decidir nascer mais cedo. “Eu estava acordando várias vezes durante a noite”, recorda Jewelia, que estava em sua 29ª semana de gestação. As dores abdominais que sentia começaram a se intensificar, levando-a a procurar ajuda em um hospital local. Após a realização de exames, foi constatado que a bolsa havia rompido, o que norteou a urgência da situação que se apresentava.

Devido a limitações no hospital em Cherokee, onde o casal inicialmente buscou assistência, Jewelia foi rapidamente transferida por uma ambulância para o Hospital Mission, que possui uma unidade de terapia intensiva neonatal (NICU). A viagem, que durou cerca de uma hora, pareceu uma eternidade para Samuel, que estava apreensivo. Jewelia expressou seus medos: “eu estava com muito medo, porque ele estava muito cedo”. Naquela noite, os dois estavam cientes de que o furacão não era uma preocupação primária, pois acreditavam que não seria tão severo quanto os anúncios indicavam.

Nos dias que se seguiram à transferência, Jewelia permaneceu sob observação. Quando as contrações começaram a se intensificar na véspera de seu parto, os médicos foram chamados para verificar seu progresso. No entanto, a situação rapidamente se transformou em um momento de tensão: “Antes de começarem a examinar, a bolsa se rompeu completamente”, relatou Samuel. O pequeno Phoenix nasceu em cerca de 10 a 15 minutos após a entrada de Jewelia na sala de parto, pesando 2 libras e 9 onças. No entanto, a expectativa de um choro imediato trouxe uma onda de preocupação ao casal, que logo ficou aliviado ao ouvir o choro do bebê logo após seu nascimento.

O cenário se complicou ainda mais quando a família ouviu um barulho ensurdecedor de um transformador explodindo e, em seguida, a luz do hospital se apagou. “Foi como se fosse um tiro, um boom muito alto lá fora”, descreveu Dillard. Apesar de a energia ter retornado rapidamente, a realidade da tempestade começou a se tornar evidente. O casal passou a observar a força do furacão através da janela da sala de parto, onde podiam ver postes de luz balançando e árvores sendo upropriadas pelo vento feroz. “Foi horrível”, disse Dillard, refletindo sobre o quão intensas eram as condições externas. Ironia do destino, quando pensaram em nomear o filho, “Phoenix” já havia sido escolhido, mas uma enfermeira brincou e sugeriu que considerassem chamar o bebê de “Helene”, o que Jewelia descartou de imediato.

Quase uma semana após o parto, Jewelia deixou o hospital e, desde então, tanto ela quanto Samuel têm visitado seu filho na NICU todos os dias. Phoenix, que atualmente pesa 3 libras, ainda está em tratamento, precisando de assistência para respirar e se alimentar, funções que estão em processo de melhora, mas que ainda demandam cuidados especiais. A equipe médica tem reiterado que ele está progredindo à medida que se espera para sua idade gestacional, mas ainda precisa de cuidados adicionais antes de poder voltar para casa.

A experiência vivida pelo casal foi profundamente marcada pela gentil assistência que eles receberam durante sua jornada. Jewelia mencionou com gratidão a enfermeira que a apoiou incansavelmente em todo o processo. “Ela foi uma das melhores que já tive. Ela disse: ‘Não, eu vou ficar com ela.’” mesmo tendo sido uma enfermeira da noite. Dillard ressaltou o quanto a equipe fez para manter a calma em um momento repleto de incertezas externas, afirmando que era impossível notar o caos e a confusão do furacão, já que tudo dentro do hospital corria “de forma muito tranquila”. O amor e cuidado que a equipe de saúde demonstrou se transformaram em um alicerce que sustentou o casal durante esses dias desafiadores.

À medida que a família continua a apreciar cada momento com o pequeno Phoenix e percorre o caminho da recuperação, eles seguem com gratidão pelo suporte que têm recebido e esperançosos por um futuro repleto de saúde e alegria. A história de Phoenix, marcada por infortúnios e tempestades, é um lembrete impressionante da resiliência e força do espírito humano diante do inesperado.

Similar Posts

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *