No último final de semana, Naohiro Ogata, gerente geral do departamento de Gundam da Bandai Namco Filmworks, esclareceu em uma entrevista veiculada no Mantan Web que a empresa está intensamente focada na criação de novas obras para a icônica franquia Gundam, que completa 45 anos em 2023. Com um olhar fixo no futuro, Ogata mencionou que, enquanto a empresa continua desenvolvendo projetos que se inserem no que ele chamou de “universos alternativos”, o foco principal a partir deste outono será nos trabalhos ambientados na linha do tempo do “Século Universal”, o cenário original que deu vida à saga. Este movimento não apenas homenageia o legado da franquia, mas também prepara o terreno para a celebração do meio século da mesma, planejada para 2029, um marco significativo para todos os fãs.
Desenvolvimentos no projeto Mobile Suit Gundam Hathaway
Durante a conversa, Ogata também forneceu novidades sobre a tão aguardada segunda parte do projeto de anime Mobile Suit Gundam Hathaway, que é baseado na obra “Kidō Senshi Gundam: Senkō no Hathaway”. Segundo informações reveladas por Shukou Murase, o diretor da animação, o público pode ter que esperar até 2024 para presenciar o lançamento dessa nova parte. Os fãs, contudo, permanecem animados, pois já se passaram alguns anos desde que a primeira parte foi lançada, e as expectativas estão altas. Entre conversas sobre produção e narrativa, ficou claro que a continuidade deste projeto é uma prioridade para a Bandai Namco, consolidando o lugar da franquia no espaço cultural de animação.
Explorando as técnicas de animação no universo Gundam
Uma discussão relevante levantada por Ogata diz respeito ao uso de técnicas de animação, mais especificamente a escolha entre animação 3D e 2D nos projetos de Gundam. Recentemente, foi lançado Mobile Suit Gundam: Requiem for Vengeance, que foi desenvolvido inteiramente utilizando o Unreal Engine, uma ferramenta que oferece características únicas para a produção. No entanto, Ogata destacou que isso não significa que Mobile Suit Gundam Hathaway seguirá o mesmo estilo, pois diferentes projetos podem exigir abordagens variadas. Ele enfatizou que a utilização da animação 2D será preservada devido às suas qualidades singulares, especialmente na representação de dramas humanos e de mechas, um conceito profundamente enraizado na identidade de Gundam.
De fato, Ogata também manifestou seu compromisso permanente em desenvolver as capacidades de animação em 2D dentro do contexto da animação de mechas, reafirmando a importância que essas técnicas têm na narrativa de Gundam. Os humanóides que pilotam os trajes de combate em Gundam sempre foram centrais às tramas, e a forma como eles são animados deve refletir a complexidade e a profundidade de suas histórias. A fusão entre tecnologia e arte criativa parece estar no centro das preocupações da Bandai Namco à medida que se aproximam do 50º aniversário da franquia.
Rumo ao futuro com projetos anuais até 2029
Por fim, a notícia sobre a intenção da Bandai Namco Filmworks de lançar grandes produções de Gundam anualmente até 2029 representa um forte comprometimento com o legado e a evolução da franquia. Ogata deixou claro durante a entrevista que a equipe não está apenas celebrando os 45 anos de Gundam, mas também se preparando para um futuro glorioso. Cada nova produção é uma oportunidade não apenas para atrair fãs antigos, mas também para conquistar novas gerações que podem se apaixonar por essa rica história. É um exemplo clássico do que significa ser parte de uma comunidade que valoriza tradição e inovação ao mesmo tempo. Portanto, para os aficionados por esta obra-prima da animação, os próximos anos prometem ser emocionantes, repletos de novas narrativas e aventuras no vasto universo de Gundam.