Comemorações estão em andamento por conta do 50º aniversário do icônico programa Saturday Night Live, mas uma nova e significativa iniciativa está surgindo daqueles que tornam as risadas e a magia visual possíveis. Um grupo de artistas de efeitos visuais do programa decidiu se organizar e buscar a união com um dos sindicatos mais reconhecidos de Hollywood, o IATSE. Esta ação representa um passo importante para esses profissionais, que se consideram parte fundamental da produção que traz entretenimento para a tela todos os sábados à noite.
A movimentação ocorreu quando dezesseis artistas de efeitos visuais e líderes de efeitos visuais assinaram, de forma unânime, cartões de união para se juntarem ao IATSE. A gestão do programa reconheceu voluntariamente a união dos trabalhadores, como anunciado por meio de um comunicado emitido na segunda-feira. Os artistas que fizeram parte dessa decisão são responsáveis pela criação dos efeitos visuais em sketches gravados do programa, incluindo segmentos memoráveis como o famoso curta “Papyrus” estrelado por Ryan Gosling e o sketch “Velhos Amigos” com Adam Driver.
A crescente insatisfação entre os trabalhadores de efeitos visuais em SNL remonta a um ambiente de trabalho exaustivo e exigente. De acordo com o artista de efeitos visuais Richard Lampasone, a operação de efeitos visuais do SNL evoluiu para um sistema “altamente organizado e integrado, capaz de entregar centenas de cenas exigentes em um período de 24 horas”. Embora reconheçamos a intensidade e o caráter colaborativo do trabalho, é preciso ressaltar que os profissionais esperam ser tratados com dignidade e respeito. Isso inclui ter acesso a benefícios básicos que outras equipes já desfrutam.
Danny Behar, também artista de efeitos visuais do programa, compartilhou que eles frequentemente trabalham em dias de quinze horas aos sábados. Ele enfatizou que os trabalhadores de efeitos visuais formam a única equipe que atualmente não tem representação no que chama de “mesa de negociação”. Behar declarou de forma contundente: “Nós merecemos ter um lugar à mesa. Se queremos continuar contribuindo para o programa, é necessário que recebamos direitos básicos, como equidade na remuneração e um plano de saúde estável.” Esses direitos, em sua essência, não são apenas por bens materiais, mas sim pelo reconhecimento do valor que eles trazem para a produção de campeões de audiência da televisão.
Essa união dos trabalhadores de efeitos visuais no SNL ocorre em um contexto mais amplo na indústria do entretenimento, onde os funcionários têm buscado cada vez mais formas de se organizar para reivindicar condições de trabalho mais justas. Em 2022, alguns trabalhadores de pós-produção que colaboram na edição dos segmentos pré-gravados do SNL já haviam formado uma união com a Motion Picture Editors Guild, também parte da estrutura do IATSE. Essas iniciativas visam criar um novo paradigma de respeito e valorização no ambiente de trabalho e parecem ter ganhado força ultimamente, especialmente à luz das negociações que têm ocorrido no setor cinematográfico.
Enquanto a luta desses artistas de efeitos visuais avança, os telespectadores e fãs do programa têm a oportunidade de apoiar esta causa, que tem o potencial de transformar as condições de trabalho na indústria. Vale lembrar que o SNL não é apenas um programa de entretenimento; é uma plataforma cultural que tem influenciado gerações. Portanto, todos nós merecemos ver não apenas as performances de nossos comediantes favoritos, mas também garantir que aqueles que trabalham nos bastidores recebam o reconhecimento e os prazeres que merecem.
Em conclusão, a decisão dos artistas de efeitos visuais de se unirem ao IATSE reflete não apenas uma busca por direitos básicos e reconhecimento, mas também uma onda crescente de solidariedade dentro da indústria do entretenimento. Resta saber como essa luta se desenrolará nas próximas semanas e meses, mas o que é certo é que a união gera força, e aqueles que fazem a mágica acontecer merecem ser ouvidos. O que podemos esperar agora é que o SNL continue a ser um espaço onde o talento e a criatividade são celebrados, mas também que os direitos dos trabalhadores sejam respeitados e assegurados.